Leopoldina Fortunato, de 88 anos, tem perturbações mentais graves que a levam a acumular lixo em casa. Isto acontece no centro da cidade de Lisboa e os vizinhos da idosa queixa-se da passividade das autoridades, face a esta emergência e também, de picadas de percevejos provenientes do apartamento. A idosa vive sem água porque não permite a entrada de um técnico para reparar uma rotura e tem o acesso interdito à cozinha e casa de banho pelo excesso de lixo: “Ela dorme sentada, numa cadeira, à entrada da porta”.
Álvaro Passos, o senhorio do prédio onde a idosa vive há mais de 30 anos, falou com o Linha Aberta e referiu que a idosa sente falta de apoio e carinho: “Não é uma casa de habitação, é uma lixeira”. Ainda explica que já fez várias infestações no prédio e que as pessoas estão a ser vítimas.
“Isto não é uma forma de viver com dignidade” – explica Alexandra Fontoura. Carlos do Carmo também comenta a situação e afirma que “se houver um incêndio, pode ser uma catástrofe”.