Morreram cinco idosos neste lar em Évora. Só Rosa Catita perdeu a sogra e o tio. As famílias não foram previamente avisadas do surto de Covid-19 e consideram ter havido negligência. "O vírus apenas veio trazer à superfície um problema que já existia há muito tempo", diz a psicóloga Maria Cunha Louro.
A sogra e o tio de Rosa Catita viviam num lar de idosos em Évora e morreram recentemente infetados com COVID-19. A família considera ter havido negligência por parte da direção do lar. "Disseram-nos que as pessoas estavam assintomáticas, estavam normais", diz, emocionada e revoltada.
Joaquim Gomes revela que teve sintomas de "uma constipação normal", mas não associou à Covid-19. Só fez o teste e soube que estava infetado um dia depois da mãe, de 87 anos, morrer. "Como é que se lida com esta situação?", pergunta Hernâni Carvalho e a psicóloga Maria Cunha Louro responde.
Ao contrário do que se possa pensar, Manuel Alcino da Silva não se matou. As autoridades acreditam na tese de crime e, ao que tudo indica, já haverá suspeitos. "Este comportamento do filho da vítima é suspeito", diz Carlos Pinto do Carmo. Saiba porquê!
Emídio Ramos, que perdeu a esposa dias antes do irmão, revela ainda que Manuel Alcino Silva "tinha algum dinheiro em casa", acreditando que possa ter havido um assalto. No entanto, Carlos Pinto do Carmo diz: "Normalmente um assaltante não precisa de matar o residente a não ser que o residente conheça o assaltante".
Hernâni Carvalho pergunta se "há na aldeia quem suspeite de alguém" e Joana Côrte Real afirma que sim, acrescentando que "a família deu pela falta de duas coisas". António Reis, presidente da junta de freguesia de Penhas Juntas, conta o que sabe e o que viu!
No início do mês, Manuel Alcino Silva foi encontrado morto em casa com uma faca na mão em Penhas Juntas, aldeia de Vinhais. Ao contrário do que se possa pensar, não se suicidou. Isaltina Martins, madrinha da vítima, conta: "Vi-o antes do Natal, depois nunca mais o vi. Até pensava que ele tinha ido para França com o filho".
Ana Lúcia Oliveira, cujo filho sofre de paralisia cerebral e é dependente, garante que continua a não ter apoio do Estado. Já Mário Gomes passou a receber 66,44 euros do complemento social para idosos, mas "ainda assim vai viver no nível abaixo da pobreza".