. A 18 de Abril de 1990, o Benfica recebeu o Marselha na segunda mão das meias-finais da Taça dos Campeões Europeus. Baldaia já trabalhava como jornalista em Lisboa e decidiu ir ao Estádio da Luz: “Estava em casa quando ouvi na TSF o então presidente do Marselha, Bernard Tapie, dizer que o jogo ia ser fácil porque os portugueses só serviam para construir as casas dos franceses e as portuguesas para as limpar.”
O orgulho nacional, ferido pelo dirigente do clube francês, falou mais alto do que a rivalidade futebolística: “Meti-me na mota, cheguei a Luz, comprei um bilhete e apoiei o Benfica.” As águias acabariam por vencer o jogo com um golo marcado com a mão, que passou despercebido ao árbitro, apontado pelo avançado Vata. “Hoje não faria o mesmo”, confessa Baldaia. “Provavelmente, escrevia um tweet a dizer para o Tapie estar calado porque não percebia nada disso. Mas nesse dia apoiei o Benfica. Foi uma vez sem exemplo.
O futebol é o ponto de partida nestas conversas sem fronteiras ou destino agendado. Todas as semanas, sempre à quinta-feira, Luís Aguilar entra em campo com um convidado diferente. O jogo começa agora porque Ontem Já Era Tarde.