Joana Sousa, gestora de inovação na NOS, conta ao podcast “O Futuro do Futuro” o que é app Guia NOS, testada por utilizadores cegos ou com deficiência visual durante o NOS Alive. A aplicação, com recurso à câmara do smartphone e à inteligência artificial descreve em tempo real o que rodeia cada utilizador.
Em entrevista, dá conta de um trabalho de desenvolvimento que se prolongou por mais de um ano e meio, e que se traduz numa ferramenta que ajuda “a guiar pessoas cegas no recinto do Alive e a descrever o contexto”, com exemplos tão práticos como “de que cor as pessoas estão vestidas? Onde estão os restaurantes? Quais são as cores do festival?”.
A profissional salienta ainda que esta app se traduz em algo “muito importante nas tecnologias”, que é “uma parte emocional e empática, que permita a quem a usa que sinta o festival de uma forma que nós, visuais, também conseguimos sentir”.
Aliu Baio, baterista e fotógrafo, é cego e foi a pessoa que trabalhou em conjunto com a equipa de desenvolvimento nos meses que antecederam o evento. Dá conta que aceitou de imediato quando a Access Lab o convidou para esta parceria com a empresa de telecomunicações: “Obviamente eu disse logo que sim, porque acho que é importante. E importante trabalhar com essas questões. É importante que haja alguém a trabalhar com este tipo de iniciativas”, explica.
Ouça toda a conversa no mais recente episódio d'“O Futuro do Futuro”. O podcast acompanhou a apresentação desta aplicação, que inclui também a audiodescrição dos concertos do festival, conhecendo o processo por detrás do seu desenvolvimento, o compromisso da empresa portuguesa com a inclusão e a acessibilidade, e os próximos desafios para tornar a cultura mais acessível em Portugal.
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