E ainda partilha as músicas que o acompanham, os textos que trouxe para ler e como gere a solidão e se dedica aos novos prazeres e ao autoconhecimento, depois das perdas e das sobras. Boas escutas!
Podcast
Ricardo Pais (parte 2): “Gosto de ter a casa irrepreensivelmente arrumada. Até os jantares que dou são encenados como espetáculos”
Nesta segunda parte da conversa do podcast “A Beleza das Pequenas Coisas”, o encenador e ex-diretor artístico Ricardo Pais reflete sobre como é que o teatro pode e deve resistir à máquina devoradora da estupidificação e desumanização generalizadas no país e no mundo. E o que pode fazer a arte, e o teatro em particular, nestes dias que correm à velocidade da luz contra o tempo que ele precisa para se iluminar. E ainda fala de como gere este novo capítulo da vida, aos 80 anos, fora dos palcos, noutro tempo, despido de “pretensões inúteis”
Nuno Fox
Episódios
Ricardo Pais (parte 2): “Gosto de ter a casa irrepreensivelmente arrumada. Até os jantares que dou são encenados como espetáculos” Ricardo Pais (parte 1): “Criticaram-me a obsessão por ser amado. Ninguém vai para o teatro para não ser amado. Nem os mal dispostos” Romeu Costa (parte 2): “Há beleza em olhar para a minha cadela quando não está a fazer nada. Tranquiliza-me, liga-me às coisas simples” Romeu Costa (parte 1): “Gosto de encontrar comicidade nas coisas e de pôr as pessoas a rir para não se levarem a sério. O humor energiza-me” Manuel Pureza (parte 1): “O amor é o novo punk. A frase não é minha, mas é assim. O amor, a alegria e a felicidade são mesmo o novo punk” Madalena Sá Fernandes (parte 2): “Quem cresce com a violência acredita ser uma forma de amor e procura relações parecidas. Aconteceu comigo” Madalena Sá Fernandes (parte 1): “Ainda existe essa força coletiva que trabalha para silenciar a violência sobre as mulheres” Rita Cabaço (parte 2): “Quando tenho intimidade com alguém gosto de provocar, de inventar coisas para criar um pinguinho na cueca” Rita Cabaço (parte 1): “Quando a piada é violenta e de mau gosto e achamos que passou uma espécie de limite, não nos rimos” Zeferino Coelho (parte 2): “Estamos a viver a cegueira branca de Saramago. A tragédia da História da Humanidade repete-se”