Na adolescência, Sónia Tavares foi vítima de bullying. Um assunto que já tinha sido comentado anteriormente pela própria. Agora, a cantora contou mais pormenores sobre essa fase difícil da sua vida no programa ‘Júlia’, da SIC.
“Entre os 12 e os 14 anos a minha vida foi um inferno. Mesmo que eu não queira recordar, recordo-me. Queria passar despercebida entre os pingos da chuva, não queria que se metessem comigo, que me chateassem”, começou por dizer.
“Eu fazia parte de um grupo, como todas as miúdas. Elas eram miúdas amorosas, impecáveis, os miúdos é que não. Não eram elas, eram eles. Sentia-me um patinho feio. Toda a gente me fazia sentir um patinho feio, aqueles miúdos especificamente”, explicou. “Como era diferente, para eles aquilo era um objeto de rejeição. Foram muito maus comigo“, afirmou.
SÓNIA TAVARES: “COMO PODE SER A MINHA MÃE SE NÃO ME RECONHECE?”
Sónia Tavares disse que se cruza com os seus ‘bullies’ em Alcobaça: “Acho que não têm bem a noção daquilo que me fizeram. Não têm porque me falam normalmente. Conhecidos de liceu. Não sei se ouvissem isto se identificariam, mas acho que sim”, contou.
“Eles eram muito agressivos comigo. Punham-me terra dentro do pescoço. Uma vez ataram-me a um poste com os ténis. Havia um que me cuspia na cabeça. É crueldade“, acrescentou.
Por fim, a cantora deixou uma mensagem: “Há soluções para estes problemas e tudo passa. É arranjarem alguém, um adulto, para vos ajudar a ultrapassar esta fase. As pessoas têm falta de apoio”, disse.