São conhecidos novos desenvolvimentos do caso da morte de Jéssica. A menina, de três anos, que morreu em Setúbal por alegados maus tratos estava referenciada pela Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ).
Dulce Rocha, presidente de Instituto de Apoio à Criança, afirma que não basta o caso estar sinalizado pelas autoridades. É necessário ter informação de quem tem contacto próximo com a vítima, como familiares ou vizinhos.
“Apesar de sinalizado, nós precisamos de informação para agir […] A sinalização terá sido porque esta mãe já era conhecida por não ter os filhos a seu cargo, mas não havia informação mais forte que permitisse outra medida”, começou por referir em declarações à SIC.
“Já se falou que esta criança era um pouco invisível. Nesses casos, as vizinhanças têm um dever cívico de comunicar, de informar porque evidentemente, os técnicos da comissão não têm o dom da adivinhação, nem o Ministério Público. É necessário haver informação”, completou.
Recorde-se que Jessica terá estado durante cinco dias ao cuidado de uma ama. Foi alegadamente entregue à mãe com ferimentos na cara e hematomas no corpo. A cuidadora terá dito que caiu de uma cadeira e que lhe administrou uma pequena quantidade de Atarax, um anti-histamínico.
Entretanto, a ama da menina, foi detida, assim como o seu companheiro e a filha. Os três são suspeitos de rapto, extorsão e homicídio qualificado.