Já no Parque da Cidade, no Porto, João Baião conduz ao lado de Diana Chaves a emissão especial do Festival da Comida Continente, entre 9 e 10 de julho. Antes de fazer as malas, o site da SIC Mulher conversou com o apresentador no fim de uma atarefada manhã da ‘Casa Feliz’.
Divide as manhãs com Diana Chaves, mas terá o desafio de o fazer fora do programa das manhãs da SIC. “Vai ser a primeira vez. Estou muito entusiasmado principalmente porque este é um grande evento, é ao ar livre, é no Porto, que é uma cidade que eu gosto muito, e depois temos aqui muitos polos de interesse, porque é um programa muito diversificado. Para além da extensão do programa, em termos de número de horas, que toca várias áreas e registos, portanto gosto sempre imenso”, explica o comunicador.
“Faço os doces um bocadinho à sorte”
Habituado a longas horas de emissão e em exterior, como é o caso do Domingão, João Baião elogia o festival gratuito e que promete juntar muitas famílias ao ar livre com entretenimento e muita comida. E comida é o que não falta na sua rotina da ‘Casa Feliz’, mas quem ganharia num duelo entre o apresentador e Diana Chaves?
“Tenho feito mais doces, sim, mas não sou um bom pasteleiro!”, começa por dizer, afastando as afirmações de Diana Chaves (ver aqui). “Eu faço um bocadinho à sorte, seguindo sempre uma cábula, mas a Diana também cozinha bem. Temo-nos dividido mais por aí, mas não por uma questão de sermos especialistas. Eu gosto de fazer doces porque eu gosto de doces, e acho que é mais fácil. Embora os entendidos digam que não. Os pasteleiros dizem que a doçaria é uma coisa muito mais complicada [do que a cozinha normal]”, explica.
Mas se as refeições são um hábito no programa diário, em casa, entre Lisboa e Alenquer, João Baião admite que não toca nos tachos. “Em casa não cozinho nada! Tenho pessoas que cozinham para mim”, confessa. Por vezes, rende-se ao take-away ou vai a um restaurante.
Os inúmeros animais e o sucesso nos palcos
É em Alenquer que tem o seu refúgio tranquilo e onde a sustentabilidade é imperativa. “Eu tenho uma casa com terreno, e tenho inclusive uma horta gigante, e acabo muito por me alimentar daquilo que a minha terra dá”, nota como exemplo.
Restos ou alimentos que não têm aproveitamento servem para os vários animais que tem na sua propriedade, entre alpacas, lamas, cangurus, galinhas, coelhos, porcos, entre outos. “Acaba mesmo por ser um espaço se auto sustenta de forma natural”, avança. Muitos de animais, como já indicou, têm o nome dos seus amigos como forma de homenagem.
Apesar da presença assídua nos ecrãs da SIC, João Baião não vai parar até ao fim do ano. Isto porque o espetáculo Monólogos da Vacina tem agenda cheia até dezembro com todos os fins de semana preenchidos.
Preparado em apenas um mês e 23 dias, a produção original foi um risco grande que não poderia estar a correr melhor. “Superou todas as minhas expectativas. Eu comecei com um espetáculo diferente. Era uma comédia só com quatro atores. Depois esta ideia surgiu de uma brincadeira de um post que eu fiz no meu Instagram, a brincar com a personagem da Dona Odete, com o trocadilho dos Monólogos da Vagina, porque eu gosto muito de brincar com trocadilhos, tenho alguma facilidade, e gosto de brincar com as nossas palavras. E de repente foi o post no Instagram, e começo a receber mensagens de pessoas, colegas atores, que perguntavam se era verdade ou não. E pensei: porque não?”
Daí nasceu uma outra forma. Com oito bailarinos e cinco atores, a peça não se limita ao universo das vacinas, tocando no desconhecido e no futuro depois do confinamento. “Andámos isolados, todos a falar sozinhos, em monólogos, e questionar a nossa vida. Respeitamos o que se passou desse período, mas queremos dar uma vacina de alegria e boa disposição”, sublinha.
Com três meses em cena, a peça conquistou já 15 mil espectadores e promete voltar a Lisboa a 22, 23 e 24 de setembro e ao Porto, com duas sessões já esgotadas. “Depois de tanto tempo sem voltar ao teatro, era mesmo isto que me apetecia fazer. E depois nesta vertente de tournée. Dá trabalho, é uma estrutura forte e pesada, para andar todas as semanas em sítios diferentes, mas está a ser uma aventura incrível”, garante.