Durante 20 anos, Teresa Pinto viveu um casamento marcado pela violência psicológica. Apesar dos insultos e das humilhações constantes, o amor falou sempre mais alto, até ao dia em que Teresa não aguentou mais.
Qualquer situação que fugisse à regra das suas rotinas este homem imaginava que Teresa o estava a trair: “este tipo de situações desgasta muito”.
“A possessão nunca pode ser amor”
Teresa viu a relação a degradar-se cada vez mais. Mas foi quando o companheiro perdeu a mãe que tudo piorou. Segundo esta, ele entregou-se ao vício do álcool e a convivência dos dois começou a ser cada vez mais difícil: “Ele nunca aceitou que estava a perder o norte”.
Teresa viu-se obrigada a fazer queixa na Polícia e quando esteve em risco de perder a casa da família pediu ajuda aos pais.
“A violência psicológica é das piores formas que existem de torturar uma pessoa” – teresa revela que a pessoa torturada tem de ter uma capacidade para contornar as coisas porque muitas vezes quebra.
“As pessoas só vêm a violência psicológica quando a pessoa entra em depressão”
Ex-marido terá tentado denegrir imagem de Teresa numa rede social.
A violência psicológica não deixa marcas físicas, mas dói e deixa sequelas profundas e difíceis de apagar. Teresa garante que nunca se colocou no papel de vítima, tem consciência que viveu uma relação tóxica, e por isso aprendeu a não se calar: “Aprendi a não me calar. É por isso que estou aqui hoje”. Sofreu em silêncio, mas orgulha-se de nunca ter perdido a autoestima nem a dignidade.