Paulo Azevedo também esteve à conversa com Carolina Patrocínio no programa da SIC Mulher What’s Up! TV desta sexta-feira, 11 de março, e falou sobre as mulheres da sua vida.
“A minha primeira heroína foi a mãe. Estava grávida de mim com 16 anos, era uma menina. Não havia ecografias. Nasci com oito meses e comparo o meu nascimento com um tremendo murro no estômago, é o impacto que eu tenho a certeza que a minha mãe sentiu naquele dia. Quando os médicos lhe disseram ‘o teu bebé é diferente’, ela teve a coragem de abrir aquele cobertor azul no qual eu vinha embrulhado e dizer a frase que me caracteriza e que eu uso todos os dias: ‘Podia ser pior'”, começou por contar.
Depois, Paulo Azevedo elegeu a sua filha Matilde, de quatro anos, como a sua “mulher principal neste momento”. “Mas tenho várias. A minha avó, que é a matriarca, a minha mãe, a minha tia… Cada uma delas teve um bocadinho de mãe comigo. A minha família uniu-se, principalmente as mulheres uniram-se para apoiar aquela criança com 16 anos (…) Mas a paixão da minha vida é a minha filha. Uma paixão que eu não sabia que podia existir”, acrescentou.
Paulo Azevedo também é pai de Gustavo, de sete anos. “Essa palavra é muito importante e tento transmiti-la todos os dias: independência. Os meus filhos cresceram a lidar muito com a diferença, principalmente comigo. Eles chamavam pai duas vezes: às minhas próteses quando as viam no quarto e a mim quando eu estava na sala”, revelou.
“Por exemplo, numa festa de anos, a minha filha com dois anos e já se calçava sozinha e vestia-se sozinha. Os outros pais achavam estranho. Eles adaptaram-se à necessidade de algumas coisas que eu não podia fazer, então a minha filha é uma pessoa muito independente, com uma personalidade muito forte. É isso que lhe tento transmitir: ela tem de ser dona das próprias decisões e arriscar. É isso que transmito aos meus dois filhos: não ter medo de ir atrás dos sonhos independentemente das vezes que falhem e isso é dar coragem”, concluiu.