Estiveram mais de duas décadas sem saberem da existência um do outro até que um teste de ADN veio revelar uma história genealógica impressionante. Kristin Schoonveld, uma mulher de Indianópolis, nos Estados Unidos, iniciou uma jornada em busca da família biológica. No final, acabou a estabelecer conexão com um filho que não sabia existir. O caso remonta ao ano de 2019.
A mulher, de 52 anos, foi acolhida por uma família adotiva quando ainda era bebé, e já em adulta, decidiu recorrer ao sistema de testes ADN para conseguir encontrar os seus verdadeiros progenitores. Através da empresa 23andMe, Kristin não só obteve dados em relação às suas origens, como descobriu algo que, à primeira vista, lhe parecia impossível: ser mãe. E impossível, porque Kristin nunca tinha estado grávida antes.
Numa história relatada à revista People, a mulher interpretou a conexão que a empresa fez com um suposto filho como “um mero erro”. Ainda assim, Kristin decidiu intercetar contacto com o perfil de Parker Erickson, nome do jovem, tendo ficado impressionada: “De facto, ele tinha muitas parecenças comigo”. Contudo, só mais tarde entendeu a dimensão do caso.
Depois de ler a descrição do perfil de Parker, Kristin chegou à conclusão de que o rapaz, no momento já com 26 anos, tinha sido concebido através da técnica de fertilização in vitro. Um pormenor suficiente para Schoonveld recuar até 1994, e de se lembrar que nesse ano tinha feito uma doação de óvulos.
O passado que levou Kristin ao filho biológico
Kristin Schoonveld foi adotada quando ainda era bebé, em 1969, e viveu com uma família conservadora. A curiosidade falou sempre mais alto e nunca desistiu de procurar pelas suas origens, nem mesmo quando adotou uma criança, construindo uma nova família. Nick é o nome do seu filho que tem síndrome de Down.
Anos mais tarde, as mesmas vontades levaram-na a candidatar-se enquanto doadora anónima de óvulos, tendo posteriormente sido escolhida por um casal, que há muito tentava ter um filho. “Nos anos seguintes, de vez em quando, acabava por me deslumbrar com a ideia de que podia ter um filho biológico por aí. Mas também nunca me deixei absorver muito por esse pensamento”, assumiu, citada pelo Daily Mail.
Contacto com o filho
Com os resultados do teste ADN vem o choque inicial, mas logo substituído por uma realidade que, ainda assim, parecia estranha: “Eu estava a olhar para a palavra ‘filho’ no topo da minha lista de resultados. Eu não conseguia perceber o que realmente se estava a passar. Mas depois fui ao perfil dele, e as parecenças eram notórias”
Kristin e Parker trocaram mensagens de imediato, levando a mulher até à região do Indiana para conhecer o seu filho biológico, e aquela que era a sua família adotiva: “Foi uma sensação de amor instantâneo. Senti que o conhecia desde a vida toda”. Já Parker Erickson referiu que “era como estar a sair com alguém que já conhecia. Foi instantaneamente fácil gostarmos um do outro”, salientou.
Depois do encontro entre os dois, soube-se que Parker também tinha recorrido a uma empresa de testes ADN, mas neste caso com o objetivo de saber se poderia ter algum irmão: “Havia sempre uma pergunta no ar de ‘pode haver mais alguém?’. Os meus pais sempre me disseram que não, mas fui mantendo essa mesma esperança”.
Kristin e Parker continuam a manter contacto um com o outro. Este caso não podia terminar sem mais um facto curioso: a mãe adotiva de Parker também se chama Kristin.