Henry Jemmott, de 42 anos, foi morto no dia 27 de maio de 2021 depois de ter sido vítima de tiros disparados pela sua própria arma. A tragédia aconteceu perto de Grand Colony Villas, um resort de luxo em San Pedro, no Belize, que pertence a Andrew Ashcroft, filho de Michael Ashcroft, um bilionário britânico e ex-vice-membro do Partido Conservador.
Quem disparou foi Jasmine Hartin, ex-mulher de Andrew Ashcroft, que estava à conversa com Henry no porão quando tudo aconteceu. Esta terça-feira, 25 de abril, a socialite canadiana de 34 anos declarou-se culpada de homicídio culposo por negligência na Suprema Corte da cidade de Belize, pouco antes do início do julgamento, de acordo com o The Times e o The Telegraph.
“Eu só quero que a família de Henry tenha paz agora e quero que tudo isto fique para trás para que possamos curar-nos”, disse Hartin, do lado de fora do tribunal, de acordo com o The Independent. Na altura do crime, a socialite era casada com Andrew, mas entretanto divorciou-se e está em guerra com ex-marido pela custódia dos dois filhos gémeos, de seis anos.
A versão da socialite
De acordo com Jasmine, ela e a vítima teriam quebrado o toque de recolher obrigatório que havia na altura, devido às restrições da Covid-19, para caminhar junto à doca e beber. A socialite afirmou que o polícia queria que ela se sentisse confortável a manusear uma arma para proteção pessoal e deu-lhe a sua pistola de serviço, uma Glock.
Quando Jasmine tentou devolver-lhe a arma, disparou acidentalmente, atingindo o polícia na nuca. “Não me lembro de ter tocado no gatilho da arma, não sei o que aconteceu, para ser honesta”, afirmou numa entrevista ao Canal 5 Belize.
Mas estas afirmações parecem contradizer as declarações anteriores da ex-nora Michael Ashcroft à polícia, nas quais ela alegou que uma uma pessoa num barco disparou contra eles. O corpo de Henry Jemmott caiu ao mar e só foi recuperado na manhã seguinte pela polícia, que respondeu a uma denúncia de um tiro. A sua arma de serviço também foi encontrada perto do local.
Já a família de Henry Jemmott, pai de cinco filhos, acredita que Jasmine, que manteve a sua inocência até agora, deveria ter enfrentado uma acusação mais severa. “O meu irmão levou um tiro atrás da orelha… no estilo de execução. Jasmine Hartin deveria ser acusada de assassinato, não de homicídio culposo”, disse Cherry Jemmott, irmã da vítima, à CBS News.
Já o advogado da socialite disse ao The Independent que espera que o juiz Ricard Sandcroft pronuncie uma sentença que não inclui tempo atrás das grades. A sentença está agendada para dia 31 de maio.