É isso mesmo, no Dia da Mulher, esta quarta-feira, dia 8, a SIC Mulher assinala duas décadas de emissão e que celebrou, em modo de festa, num almoço com rostos femininos inspiradores. Júlia Pinheiro, diretora do canal, endereçou o momento dos parabéns e do corte do bolo.
Sofia Ribeiro, Raquel Strada, Fátima Lopes, Andreia Rodrigues, Raquel Sampaio, Bárbara Guimarães, Cláudia Borges, Iva Lamarão, Ana Patrícia Carvalho, Almeida Nunes, Daniel Oliveira e Francisco Pedro Balsemão foram apenas algumas das caras que sopraram as velas dos 20 anos do canal temático que teve o melhor resultado da última década, em janeiro.
À Tua Medida, Não Faz Sentido, Sixteen foram apenas alguns dos formatos que Raquel Strada apresentou no canal e que representam a sua carreira na televisão. “Gosto imenso das séries internacionais e da proximidade que têm com a mulher portuguesa, com programação própria, que é normalmente uma dificuldade dos canais por cabo“, diz sob forma de elogio.
A influencer e comunicadora conta que este dia serve para celebrar o que já se conquistou nos direitos das mulheres, mas também para discutir o que está em falta. “Na minha área [de moda e digital], na minha realidade, o género não é determinante, muito pelo contrário. Quanto mais diferente fores, melhor; podes ser quem és e as coisas são medidas por métricas, por engagement“, explica.
Sofia Ribeiro não hesita em apontar a “empatia” como ingrediente fundamental para as mulheres entre as mulheres. “Muitas vezes vivemos em comparação umas com as outras e que fossemos mais parceiras para caminhar para um lugar de igualdade. E o amor próprio que nos torna sempre mais fortes”, sublinha.
As mulheres reais e o que falta no mundo do trabalho
“Acho importante que se valorize as mulheres reais. São as que são iguais a todas as outras, que fazem multitasking, procuram chegar a todas as áreas e mais alguma, mas que a sociedade está a criar uma exigência de uma forma em que parece que temos de ser perfeitas nisso tudo“, começa por dizer, Fátima Lopes.
A apresentadora, que conduziu Mudar para Melhor, no canal temático, também apontou na falta de apoio às mulheres no mundo do trabalho.
“É muito fácil dizer ‘sim, sim, vamos dar oportunidades’, mas não se criam condições para equilibrar isso com a vida pessoal. Em geral, ainda são as mulheres que têm mais responsabilidade na educação dos filhos e na gestão da casa. Como se podem adicionar cargos de maior responsabilidade se a mulher continua a ter o mesmo grau de exigência em casa?!”, questiona sobre a falta de representatividade femininas nos quadros mais altos.
Andreia Rodrigues aponta a inovação da SIC Mulher que se transformou num canal que é, há muito, para toda a família. A apresentadora também não tem dúvidas da diferença de tratamento e exigência que é atribuído à mulher no mundo laboral, mas também da pressão social a que é sujeita.
“Em geral, na sociedade, a mulher continuar a ser a sacrificada. Tem que abdicar da sua carreira em prol da do par ou é não tratada da mesma forma. Ainda existe o preconceito de ‘E se ela engravida? E depois não vai ter tempo porque se vai dedicar à família’, mas porque é que tem de ser só ela? Entristece-me um bocadinho“, confessa.
“Tenho o privilegio de ter uma estrutura familiar que me permite evoluir, olhar para mim e ter tempo para mim. Tenho um marido extraordinário e uma rede que me permite fazê-lo, mas a maior parte destas mulheres continua a enfrentar esta dificuldade“, indica a comunicadora.
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