Com o começo de um novo ano letivo, surgem questões como a adaptação à rotina depois das férias, o compromisso das tarefas escolares do dia-a-dia, o “corre corre” diário, as horas de sono e entre tantas outras questões surge uma das mais frequentes: Como será que vai correr a escola, serei capaz? Mas há uma boa notícia: cada um de nós tem um superpoder.
Muitas crianças ficam ansiosas com as notas e resultados escolares e isso interfere na maioria das vezes no seu processo de aprendizagem e na sua autoestima.
É essencial explicar à criança que as pontuações dos testes são realmente, apenas, resultados de um determinado momento e são influenciadas por vários fatores como o número de horas de sono, a alimentação, a forma como sente as suas emoções, a forma como se sente motivada e a forma como se organiza.
Incentive a criança a questionar-se:
- "Porque estou a aprender isto? Como posso usá-lo no futuro?"
- Ajude-a a criar uma rotina confortável, mostrando que o descanso também faz parte do dia-a-dia.
- Evite fazer comparações pois pode causar na criança tristeza e frustração.
- Permita que a criança entenda que APRENDER é o mais importante.
Ajude a criança a trocar os pensamentos negativos como “tenho medo de cometer um erro” ou “tenho medo de falhar” por pensamentos saudáveis como “vou dar o meu melhor” ou “vou fazer o melhor que sei”, deixando sempre a hipótese da criança pedir ajuda quando exista alguma dúvida sem se sentir desconfortável.
As crianças têm medos, receios, aspirações, sonhos, mágoas, esperanças e dificuldades e é por isso que a orientação dos pais e/ou dos adultos de referência é essencial.
A criança deve conseguir expressar-se, clarificar e compreender o seu mundo e a si própria.
Não basta dizer que determinadas atitudes e comportamentos nos beneficiam e que devemos assumir as nossas emoções se nós enquanto adultos fazemos exatamente o contrário. É necessário ser o exemplo.
Vamos assumir que a gentileza, a compreensão e a empatia são como músculos, quanto mais os trabalharmos mais fortes e consistentes vão ficar. Quanto mais orientarmos as crianças a praticarem atos gentis, bondosos e atenciosos com os outros, mais rápido se tornará um comportamento frequente.
Em conjunto com todas estas estratégias, todo o amor, a atenção e a compreensão com que nos dirigimos ao outro, faz mesmo diferença, faz mesmo magia.
É por isso que digo: “Podemos espalhar magia um bocadinho todos os dias, e esse sim, é um dos nossos grandes SuperPoderes.”
BIOGRAFIA
Aldara Maravilha, Psicóloga Clínica e da Saúde
@aldaramaravilha