Sara Norte foi uma das grandes entrevistadas da edição desta semana da revista Nova Gente. À conversa com o também comentador do ‘Passadeira Vermelha’, Nuno Azinheira, a atriz falou de vários aspetos da sua vida: a morte da mãe e da irmã, a doença do pai, e o seu desejo em ser mãe, ainda por cumprir.
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Para além disso, e numa fase em que se sente mais “completa” a nível profissional, depois de projetos como ‘Golpe de Sorte’, ‘Lua de Mel’, e ainda o programa na SIC Caras, Sara Norte não esquece o conturbado período depois de ter saído da prisão.
“Não tenho qualquer revolta. Às vezes, via que havia ‘nãos’ que eram preconceitos. Apesar de termos, na classe artística, uma ideia de que somos muito liberais, ainda há gente muito preconceituosa. Quando isso acontece, claro que magoa“, começou por referir.
A atriz, que esteve 16 meses atrás das grades por tráfico de droga, revela ainda que, durante essa altura, a relação na sua família estava mais destruturada: “Quando fui presa já não falava com o meu pai [Vítor Norte] há dois ou três anos. Falava por telefone. Ele ligou-me uma semana antes de ter sido presa, ele disse-me que me ia ajudar, que íamos tentar voltar à normalidade“.
Ainda assim, Sara Norte não esconde que toda a sua detenção foi a sua “salvação“.
“[Quando ele me visitou], a primeira coisa que me disse foi: ‘Olha, ainda bem que estás aqui, Sara’. E eu fiquei mesmo lixada. Mas eu percebo, por ele disse: ‘A qualquer momento estava à espera que me ligassem, para dizer que estavas morta’. [Ser presa] foi a minha salvação. Mas isso eu percebi logo“.
A comentadora da SIC Caras assume ainda saber que foi “denunciada“, conhecendo a pessoa que a ‘entregou’ às autoridades: “Soube só passados muitos anos“, revelou.
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