Esta terça-feira, 18 de abril, Rita Ferro Rodrigues decidiu começar o dia com uma reflexão. Apesar de referir que pretendia apenas fazer uma homenagem, a apresentadora decidiu falar sobre os partos em casa.
Ainda que sem uma relação direta, a publicação da comunicadora vem na sequência do nascimento do primeiro filho de Mafalda Rodiles e de Gustavo Santos, depois de a atriz ter dado à luz em casa.
Rita Ferro Rodrigues fez questão de comentar o risco de dar à luz sem assistência médica.
“Ouvi muitas vezes a minha querida avó contar que o maior desgosto da vida dela foi a morte de um filho, num parto em casa, quando as mulheres não tinham alternativa“, começou por escrever, na legenda da publicação.
“Estava lá a ‘parteira’ mas o bébé tinha o cordão à volta do pescoço e não sobreviveu. A minha avó sobreviveu a custo, muitos anos inundada pela tristeza. Já perdi a conta ao número de amigas minhas que não se tinham safado se não tivessem os filhos num hospital, com a assistência médica competente e pronta“, continuou a descrever.
De seguida, Rita Ferro Rodrigues afirmou: “Uma mulher não é menos mulher por levar epidural. Esta recente glorificação da dor deixa-me petrificada! É preciso provarmos o quê? Nós mulheres já não sofremos o suficiente?“, disse.
“A conquista do parto hospitalar foi determinante para reduzir drasticamente o número de mortes no parto, seja dos bébés, seja das mães“, continou, citando exemplos de regiões do mundo onde essa realidade ainda está bastante longe.
“Falemos de humanização do parto hospitalar sempre, falemos do combate à violência obstétrica sempre… mas por favor não retrocedamos naquela que é uma das maiores conquistas das mulheres (ocidentais) e que ainda está por conquistar por tantas outras não privilegiadas: o parto hospitalar assistido por médicos“, rematou.
“É apenas uma reflexão e até uma homenagem à minha avó e a todas as mulheres que passaram por o que ela passou“, disse ainda por fim.