Uma medida muito polémica, que não se chegou a cumprir, mas que esteve em cima da mesa, da parte do governo britânico, durante a fase inicial de propagação do vírus da Covid-19.
No verão de 2020, o governo do Reino Unido ponderou, durante um breve período de tempo, a possibilidade de exterminar todos os gatos do país.
A hipótese esteve em avaliação numa altura em que se suspeitava da possibilidade de o vírus ser transmitido entre animais de estimação e seres humanos. A revelação foi feita esta quarta-feira, dia 1 de março, por um antigo secretário de Estado da Saúde britânico, James Bethell, em entrevista ao Channel 4, cita o jornal Observador.
UK Government too reluctant to lock down as a deadly new virus spreads: shall we kill all the cats then lads pic.twitter.com/xgRNpFt8b3
— James Felton (@JimMFelton) March 2, 2023
Nas declarações feitas à televisão britânica, citadas pelo The Guardian, Bethell procurou explicar que, nos primeiros meses da pandemia, toda a gente, políticos incluídos, sabia muito pouco sobre a doença.
“Aquilo de que não nos podemos esquecer é o pouco que compreendíamos sobre esta doença. Houve um momento em que não havia a certeza sobre se os animais domésticos podiam transmitir a doença. Na verdade, chegou a haver a ideia, a dado momento, de que poderíamos ter de pedir às pessoas para exterminar todos os gatos do Reino Unido. Consegue imaginar o que teria acontecido se quiséssemos fazer isso?“, referiu James Bethell.
O caso de deteção de Covid-19 num gato foi descoberto no verão de 2020 e, dois anos depois, na Tailândia, registou-se o primeiro caso de transmissão do vírus de um animal de estimação para um ser humano.