Romeo Pierre Louis desmaiou enquanto brincava no recreio do jardim de infância em West Hartford, Connecticut (EUA). Ficou estendido no chão durante quase 10 minutos sem assistência ou tratamento médico, apesar da presença de três professores nas proximidades.
Os colegas alertaram os docentes da Charter Oak International Academy que estavam a supervisionar, mas estes não responderam imediatamente porque pensaram que ele estava a brincar, isto é, a ‘fingir-se de morto’. Quando se aperceberam da gravidade, já era tarde demais.
Romeo foi transportado para o hospital, onde morreu dois dias depois, no dia 7 de abril de 2022. Todas estas informações, citadas pelo USA Today, estão descritas no processo aberto pelos pais, D’Meza Shultz e Chantel Pierre Louis, contra a cidade e a escola no dia 5 de abril, um ano depois da morte do filho.
“Nada irá trazer o nosso filho de volta”, disse ao jornal a mãe do menino. “Tudo o que podemos fazer é manter a sua memória nos nossos corações e fazer o que pudermos para que isto não aconteça com outra criança. Oiçam os nossos filhos”.
Causa da morte
De acordo com um relatório policial, um médico legista determinou a causa da morte da criança como “canalopatia cardíaca, Síndrome de Brugada”, tendo referindo que morreu de causas naturais. A Síndrome da Brugada é uma condição hereditária que provoca alterações na condução elétrica do coração e, nos casos mais graves, o que pode levar à morte súbita.
O advogado dos pais de Romeo, Joaquin L. Madry, disse ao USA Today que os os seus clientes não sabia da condição do filho. De acordo com o seu obituário, Romeo era “um menino amoroso e atencioso que mostrava um cuidado profundo e genuíno pelos outros” e que “adorava super-heróis e tinha o dom de memorizar versículos da Bíblia“. Os pais pedem uma indemnização superior a 13 mil euros.
“A morte de uma criança é uma perda devastadora e inimaginável e os nossos pensamentos estão com a família e os amigos de Romeo Pierre Louis”, disse Andy Morrow, superintendente interino das escolas, em comunicado ao jornal. “Esta tragédia afetou profundamente a comunidade da Charter Oak International Academ, e o distrito escolar continua a disponibilizar apoio ao luto e assistência emocional a qualquer aluno ou educador que precise.”
O advogado Dallas C. Dodge, que representa a escola e a cidade, disse que nenhum dos dois poderia responder mais devido ao litígio pendente.