Três investigadoras – uma belga, uma portuguesa e uma norte-americana – são autoras de um artigo que está a abalar o meio académico. Apesar de não revelarem nomes, a ‘teia’ relatada por Lieselotte Viaene, Catarina Laranjeiro e Miye Nadya Tom, que tinha como figura central o “Professor Estrela”, começou a ser associada a Boaventura Sousa Santos, ex-diretor do Centro de Estudos Sociais (CES) da Universidade de Coimbra.
No artigo The walls spoke when no one else would (As paredes falavam quando ninguém o fazia, em tradução livre), que faz parte do livro Sexual Misconduct in Academia (Condutas sexuais impróprias na Academia), as três investigadoras apontam três figuras centrais: o “Professor Estrela”, o “Aprendiz” e uma “Vigilante”.
Percebe-se, através do currículo das investigadoras (as três passaram pelo CES), que Boaventura Sousa Santos, reputado sociólogo e professor universitário, será o chamado “Professor Estrela” e o professor e co-coordenador de um programa de doutoramento, Bruno Sena Martins, o “Aprendiz”. Contactado pelo Diário de Notícias, Boaventura Sousa Santos reconheceu-se na descrição das antigas alunas, mas negou todas as acusações. O mesmo disse Bruno Sena Martins à revista Sábado.