Um livro repleto de revelações, muitas delas já a agitar as águas entre os duques de Sussex e a casa real britânica. ‘O Substituto‘ (tradução para português de ‘Spare‘) está quase a chegar às bancas, com todas as revelações do príncipe Harry.
Mas não só de ataques à monarquia se faz a obra. O marido de Meghan Markle promete histórias sobre os mais variados assuntos, e a sua mãe, a princesa Diana, falecida em 1997, não estará esquecida.
Segundo a revista People, que divulgou um excerto da nova obra, o filho do rei Carlos III revela, pela primeira vez, como reviveu os momentos que se seguiram à morte da mãe.
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Enquanto participava como um dos espetadores convidados da final do Mundial de Rugby em Paris, em 2007, Harry decidiu que queria atravessar, de carro, o túnel onde a mãe tinha morrido, dez anos antes.
No livro, o príncipe fala sobre a “dor intensa” sentida na sua tentativa em encontrar um desfecho.
“Quando fui à final do Mundial, foi-me providenciado um motorista. Na minha primeira noite pela cidade luz [Paris], perguntei-lhe se ele conhecia o túnel onde a minha mãe…“, escreveu, num dos capítulos da obra.
“Observei os seus olhos pelo retrovisor. ‘O túnel chama-se Pont de L’Alma’, disse-lhe. Sim, ele sabia disso. E eu quero passar por isso. ‘Quer passar pelo túnel?’. ‘A 105 quilómetros por hora, para ser mais preciso. Sim, a velocidade exata a que o carro da minha mãe estava a circular, de acordo com a polícia, no momento do acidente. E não a 193 quilómetros por hora, como a imprensa originalmente disse“.
“Quando o carro entrou no túnel, inclinei-me para a frente, observei a mudança de luz para uma espécie de laranja-água, observei os pilares a passar rapidamente. Contei-os, assim como contava as pulsações do meu coração. E em poucos segundos, saímos do túnel. Sentei-me. E silenciosamente disse: ‘É só isto?. Não é nada, é apenas um túnel reto’“, pode ler-se.
Harry referiu ainda: “Sempre imaginei um túnel com uma espécie de passagem traiçoeira, perigoso, mas era apenas um túnel curto, simples. Não há razão para que ela tenha morrido aqui“, assumia.
Ainda nessa narração, Harry confessa que, mais tarde, achou ter sido uma “péssima ideia” a vontade de ter passado pela experiência. O livro vai ser lançado dia 10 de janeiro.
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