Luís Miguel estava a viver uns dias de sonho, ao cumprir uma viagem há muito desejada. O homem, de 52 anos, professor de Educação Física, estava a viajar pelo mundo quando um problema grave de saúde lhe bateu à porta: um aneurisma cerebral.
A situação aconteceu no final de agosto deste ano, e não foi logo detetada. Como recorda a revista MAGG, Luís Miguel começou por sentir fortes dores de cabeça, vómitos e uma indisposição anormal durante a estadia na cidade de Nova Iorque, nos Estados Unidos.
Inicialmente, os sintomas apontavam para uma “mera enxaqueca, mas dias mais tarde, um TAC revelou um coágulo de sangue no hemisfério esquerdo, que resultou num aneurisma cerebral“, refere a mesma publicação.
Depois do diagnóstico, o português foi prontamente tratado num hospital norte-americano, que o salvou de uma situação mais gravosa. Livre de complicações neurológicas vindas com o aneurisma, ou mesmo de uma possível morte, o professor de Educação Física não contava era que, no final do seu internamento, viesse a ser confrontado com uma conta hospitalar milionária.
Conta de 150 mil euros para pagar o período de internamento
O português passou ainda por duas intervenções cirúrgicas, e depois de alguns dias no hospital, a conta para todo o tratamento chegava aos 150 mil euros, valor impossível de suportar por parte do português ou por parte da família.
Como o caso aconteceu no estrangeiro, durante uma viagem, Luís Miguel conseguiu acionar o seguro, que apenas chegava a um valor de 30 mil euros. Restavam 120 mil.
Uma publicação nas redes sociais e a ajuda torna-se real
Depois de, com a ajuda de família e amigos, ter conseguido partilhar o seu caso nas redes sociais, através do Instagram ou do Facebook, chegando mesmo a ter inclusive uma conta de GoFundMe, o português conseguiu angariar o dinheiro que lhe faltava, e assim pagar a milionária conta que tinha em mãos.
No Facebook, na página ‘Vamos Ajudar o Luís Miguel‘, o português escreveu: “Esta semana atingimos o impensável. O que apenas há um mês simplesmente parecia algo impossível, de repente, tornou-se uma realidade. A sensação é a de um sonho. Sem sabermos bem como, foi algo que foi crescendo em forma de onda, tornando-se num tsunami de carinho, solidariedade, amizade e muito amor“, começou por dizer.
“Foram muitos amigos, foram inúmeros conhecidos, foram imensas pessoas que não nos conheciam. Apresentavam-se e diziam que tinham tomado conhecimento do que se tinha passado connosco e que estavam aqui para ajudar no que fosse preciso. Organizaram iniciativas de vários géneros. Mobilizaram atividades completamente diferentes umas das outras. Não sei o dizer… queria apenas passar o testemunho de que tudo isto foi real. Aconteceu mesmo. Não se tratou apenas de algo que não saiu do papel. É muito mais do que isso“, referiu ainda.
Pela frente o português enfrentará ainda um longo período de recuperação da situação clínica, mas já assumiu que “se o valor dos tratamentos ficar aquém do valor angariado“, decidiu “doar o excedente para instituições de caridade“.