Pedro Nuno Santos e as palavras inesquecíveis do filho: “Ó pai tudo vai passar. Tudo passa, pai!”

O político construiu uma relação muito próxima com Sebastião, de apenas seis anos. Aqui, recordamos a história, contranatura, de um filho que consola o pai, tornada pública pelo próprio Pedro Nuno Santos.

(SIC)
(SIC)

SIC Mulher

Pedro Nuno Santos foi, aos 46 anos, o convidado de Daniel Oliveira, para uma entrevista que foi além da política, no Alta Definição. Entre os temas falados entre o político e o apresentador, neste sábado, 17 de fevereiro, um falou mais alto: a ligação do Secretário-Geral do PS com o filho, o pequeno Sebastião.

Pai e filho têm, segundo revelou Pedro Nuno Santos, “uma grande relação um com o outro“. Desde o nascimento do menino, tudo mudou na vida do político. “Quando o nosso filho nasce, acabou! Fica ainda mais claro que não somos nós, já“, disse o político português.

O foco, no caso de Pedro Nuno Santos, direcionou-se particularmente para o filho, desde o dia em que o menino veio ao mundo. Com ele, aprendeu a “ver o mundo de outra maneira” e o facto de ter sido pai de uma criança, como descreve, tão especial, fê-lo reconhecer que o pequeno Sebastião “foi a maior [dádiva]” que teve na sua vida.

>> Pedro Nuno Santos sobre o filho: “O Sebastião foi a melhor dádiva que tive na minha vida” <<

Caraterizado como “uma criança muito alegre“, “muito ativa“, inquieta e cheia de vida, o filho de Pedro Nuno Santos tem lidado, contudo, com algumas questões difíceis para qualquer criança: neste caso em específico a ausência, por motivos profissionais, do pai.

O trabalho e a vida profissional absorve-nos, os nossos objetivos absorvem-nos e algumas coisas ficam para trás. Então estes últimos tempos, desde que eu comecei a campanha interna isso tem-se sentido, ele tem sentido e verbaliza“, partilhou com Daniel Oliveira o político.

Ele telefonar-me e ‘a que horas é que chegas?’, ‘onde é que vais?’, e ‘porque é que não vens mais cedo?’, ‘mas vens?’. Isso custa e dói. Não estou só a pensar no futuro, estou a pensar também no presente, que faz-me falta a mim, faz-lhe falta a ele“, recordou Pedro Nuno Santos as palavras do filho nos momentos em que o menino sente com mais expressividade a sua ausência.

>> Pedro Nuno Santos e o outro lado da política: “Apesar de estarmos no meio de tanta gente, às vezes sentimo-nos sozinhos” <<

Questionado por Daniel Oliveira, o político assumiu a dificuldade de explicar ao pequeno Sebastião o porquê de não estar presente. “Eu sou o pai dele, não sou o Secretário-Geral do PS, não sou o político. Ele quer o pai dele como todas as crianças querem o seu pai. Por isso tentamos fazer ali uma ginástica (…) para tentar compensar, suavizar a dor da ausência“.

Mesmo assim, o Secretário-Geral do PS garantiu que o filho é igualmente muito “sensível” e que “fica alerta” quando ouve, em casa, determinados assuntos. “Qualquer coisa que eu diga ele quer saber o que é… (…) Nós fazemos um grande esforço, mas às vezes ele apanha-nos a queixar“, confidenciou.

Acerca de um desses momentos em específico, Pedro Nuno Santos fez questão de contar uma pequena história que aconteceu há relativamente pouco tempo e que o levou desde logo a compreender a preocupação que o filho sente e demonstra.

>> A infância de Pedro Nuno Santos: “Era péssimo a jogar à bola, mas na reinvidicação era bom” <<

Houve uma vez em que eu estava mais em baixo, estava-me a queixar e ele é que me vem, uma criança pequena com seis anos, vem-me [dizer]: ‘ó pai tudo vai passar. Tudo passa, pai’. Uma criança extraordinária, muito sensível, consegue apanhar facilmente os sentimentos e as emoções dos outros“, acrescentou ainda.

Veja a entrevista em sic.pt.