Uma mulher britânica tem vindo a ser muito elogiada nas redes sociais depois de partilhar uma história onde revela ter-se recusado a ceder o seu lugar, durante uma viagem de comboio, a uma mulher com mais de 60 anos, que no Reino Unido já recebe bilhete de idosa.
Segundo alguns meios de comunicação, como o The Independent, a mulher – que partilhou a história na rede social Reddit mas que se tem mantido em anonimato – estava a bordo de uma viagem de comboio com duração de sete horas, entre Londres e Aberdeen, na Escócia, tendo decidido pagar mais por um upgrade ao seu bilhete, transferindo-se assim para a primeira classe do comboio, para poder viajar com mais conforto.
No entanto, ao mudar-se para o seu novo lugar no comboio, a mulher em causa percebeu que tinha recebido um dos “assentos prioritários” da carruagem, que geralmente são atribuídos a idosos, deficientes ou grávidas.
Na rede social onde contou a história, a britânica referiu que precisava de usar a longa viagem para trabalhar, e que, acima de tudo, não tinha tido controlo sobre o facto de a sua mudança para a primeira classe ter sido, também, para um lugar de prioridade.
“Recentemente, apanhei um que fazia a ligação de Londres a Aberdeen. É uma viagem de sete horas, então reservei um lugar na primeira classe com bastante antecedência“, começou por explicar.
Train passenger praised for refusing to give up seat to older woman https://t.co/wRALsU5HML
— Independent Travel (@IndyTravel) October 24, 2022
“Alguns comboios apresentam a opção de ‘assentos individuais’, o que significa que não estamos nem sentados com alguém ao lado, nem com pessoas à nossa frente. Reservei especificamente esse lugar para poder trabalhar com toda a concentração possível. Mas mal entrei, uma mulher, na casa dos 60 anos, veio atrás de mim e começou a apontar para a placa que estava por cima da minha cabeça. De forma grosseira, disse-me para me mudar de lugar porque ela era idosa“, escreveu a mulher no Reddit.
A protagonista do caso tentou explicar à idosa sobre o porquê de estar num lugar prioritário, no entanto, terá sido confrontada pela senhora, que continuou a insistir para que libertasse o lugar.
“A senhora reclamou que o comboio estava cheio e que não havia outros lugares. Pedi desculpas, mas reiterei que tinha reservado o meu assento, e que não iria sair dali. Dada a confusão, um revisor veio tentar ajudar. Percebemos que a senhora tinha comprado um bilhete, mas sem lugar marcado. Para quem não sabe, quando se tem um bilhete mas sem lugar reservado, a pessoa pode viajar no comboio, mas não tem lugar garantido, a menos que haja algum disponível“, clarificou.
A mulher disse que, embora se sentisse muito mal com a situação, decidiu manter-se firme, não saíndo do seu lugar, e não ficando desconfortável por outra pessoa não ter “pensado antecipadamente“.
Mal a história se tornou viral nas redes sociais, vários utilizadores do Reddit vieram elogiar a atitude feita pela mulher em questão, lançando sobretudo as culpas contra a empresa que gere o transporte ferroviário.
“Eles vendem sempre os lugares prioritários como os mais caros. Ou seja, tentaram fazer com que a pessoa que comprou esse lugar voltasse para a classe económica. Esses lugares nunca deveriam (na minha opinião) ser vendidos, a menos que o ocupante fosse deficiente. Portanto, a culpa está no operador, não é sua!“, escreveu um internauta, cita o New York Post.
