Jacob Hoggard, um ex-cantor do grupo de pop rock canadesense ‘Hedley’, foi condenado esta quinta-feira, 20 de outubro, a cinco anos de prisão por violência sexual. O crime aconteceu em 2016 num quarto de hotel.
De acordo com o Toronto Star, a juíza Gillian Roberts disse que a sobrevivente deixou claro que não queria ter relações sexuais, dizendo ‘não, para de me magoar’. “Eu acredito (nela). Aceito as suas provas na sua totalidade”, disse, acrescentando que as ações de Jacob foram “manipulativas e particularmente degradantes”.
A sobrevivente testemunhou que depois da violação, o cantor de 38 anos – que é casado Rebekah Asselstine desde 2018 – bateu-lhe e a puxou para fora da cama do quarto do hotel e tentou sufocá-la com as duas mãos.
“O seu espírito alegre e aventureiro foi extinto pela violência sexual que o Sr. Hoggard lhe infligiu. Quaisquer que sejam os momentos fugazes de gratificação que o Sr. Hoggard derivou da sua conduta, eles tiveram um custo impressionante e totalmente inaceitável de mudar para sempre a vida (da mulher)”, afirmou a juíza.
“Estavam a fazer t-shirts e cartazes em apoio ao homem que me violou“
No primeiro dia de audiência para a sentença, no início deste mês, a sobrevivente partilhou como aquele momento alterou a sua vida, dizendo em tribunal que “nunca mais foi a mesma”, segundo a CBC. “Uma parte de mim morreu naquele dia. A minha vida como eu a conhecia foi roubada de mim e despedaçada. O ataque tirou o meu valor, a minha privacidade, o meu corpo, a minha confiança e a minha voz.”
A mulher, que processou Jacob Hoggard por mais de 2 milhões de euros, revelou que também foi perseguida por suas acusações contra o cantor. “Fui ridicularizada online por completos estranhos. Mulheres que eu nunca conheci estavam a fazer t-shirts e cartazes em apoio ao homem que me violou“, contou.
Em maio, Jacob Hoggard foi condenado por agressão sexual causando danos corporais. No mesmo caso, o músico foi considerado inocente de apalpar uma fã de 15 anos no final de um concentro e agredi-la sexualmente num quarto de hotel quando ela completou 16 anos, segundo o Toronto Star.
Juntamente com a sua sentença de cinco anos, o cantor está proibido de porte de arma durante 10 anos e é obrigado a registar-se como agressor sexual durante 20 anos.
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