O dia do casamento é, por norma, um dos dias mais felizes para um casal e todos os detalhes são importantes, inclusive a escolha do padre. Tatiane de Fátima e Alex Aparecido casaram-se na igreja este sábado, 7 de maio, em Santa Cruz do Rio Pardo, no interior de São Paulo.
E houve um misto de sentimentos. É que o padre que celebrou o matrimónio do casal, Gustavo Trindade dos Santos, foi acusado de atropelamento e fuga no dia do casamento.
A cerimónia na Igreja Matriz de São Sebastião, que reuniu pouco mais de 100 pessoas, começou por volta das 19h20. “Vi o padre a chegar com o carro branco. Até então não o conhecia, mas ele foi super atencioso, ri-se, brincou connosco. Disse-me para ter calma, para respirar. Ele estava super sossegado”, recordo Tatiane em entrevista ao G1.
Tudo estava a correr bem. A surpresa foi depois. É que os noivos ainda estavam na Igreja quando ficaram a saber do caso, que foi registado pelas câmeras de segurança e aconteceu imediatamente após o fim da cerimónia, por volta das 21h30.
“A maioria das pessoas já tinha saído para a festa. Eu e o meu marido alugámos um carro antigo e ficámos com algumas pessoas a tirar umas fotos à frente da igreja. A polícia entrou na igreja e explicou que atropelaram um homem próximo dali”, contou.
Durante a celebração, a avó de Tatiane magoou-se com a decoração de vidro, o que deixou partes da igreja manchadas de sangue, deixando a polícia desconfiada. “A minha avó é uma senhora de idade. Ela bateu com a perna na decoração de vidro e acabou por sangrar. Quando a polícia entrou, achou que o sangue era do incidente”, relembrou.
Assim que as imagens do atropelamento foram divulgadas, a noiva reconheceu o carro. “Ficámos a saber do atropelamento, só não imaginava que era o padre. Reconheci o carro com que ele tinha chegado à igreja. Foi um choque”, explicou. E acrescentou: “Querendo ou não, isto vai acabar por marcar a história do dia do meu casamento”.
O motivo
Segundo o G1, a vítima do atropelamento, Ângelo Marcos dos Santos Nogueira, de 40 anos, tinha acabado de furtar a igreja arrombando uma das janelas. Ele fugiu do local, subindo um muro, levando roupas destinadas a um bazar. O padre terá, de acordo com o advogado, agido em legítima defesa e encontra-se muito abalado com a situação.
O caso está a ser investigado pelas autoridades.