Drake Hardman cometeu suicídio após um ano a sofrer de bullying na escola. Agora, a família do menino de 12 anos, de Utah, nos Estados Unidos, está a tentar consciencializar as pessoas através do movimento #DoItForDayke.
O pai do menino, Andy Hardman, escreveu um comovente texto na sua conta de Instagram sobre a tragédia: “Eu tenho vontade de partilhar os meus sentimentos, mas tenho lutado para encontrar as palavras. Agora é a minha vez de ser a voz do meu herói, o meu único filho que foi tirado de nós”, começou por escrever.
“A fechar os meus olhos 51 horas depois de começar a reanimação cardiopulmonar (RCP) na esperança de salvar a vida do meu filho. Ouvindo os gritos da sua irmã de 16 anos que testemunhou algo que ninguém deveria. Este é o meu pesadelo… a cada momento que eu fecho os meus olhos. Enquanto o meu filho nunca mais abrirá os olhos nesta vida”, contou.
“Debruçar-me sobre o meu filho a fazer RCP e a sentir que não terei forças para continuar enquanto os meus braços enfraquecem e queimam de exaustão. A lutar no fundo da tua mente que Drayke já tinha ido embora sob a pressão de cada movimento. Enquanto o vómito escorre pela sua preciosa boquinha”, acrescentou Andy. E questionou: “O que faria com que um menino de 12 anos perdesse tanta esperança no seu coração ao ponto de amarrar uma sweatshirt no pescoço para tirar a própria vida? Uma palavra… Bullying!”.
Indignado, Andy continua: “Acordei esta manhã mais irritado do que nunca na minha vida. Culpo-me? Culpo os bullies do meu filho? Eu culpo o sistema! Eu culpo o facto de que esses bullies existem! Como existe tanto ódio no nosso mundo que permitimos que crianças magoem outras crianças? É simples… fazemos isso um com o outro e eles aprendem que não há problema em alimentar a sua falta de confiança. Eles acham que isso os torna fixes”, afirmou.
“O meu filho nunca irá casar, nunca se tornará pai. M****, ele nunca terá qualquer futuro. Tudo por causa de uma criança cobarde. Porque é que esse menino merece tratar o meu filho como se ele não fosse humano? O que acontece com ele e com os seus amigos cobardes para se tornar um defensor do ódio. São os pais? Não tenho as respostas, mas sei que isto tem que parar agora!”, rematou.
Peça ajuda.
CONTACTOS
Linha SOS voz amiga. Linha de apoio emocional e prevenção ao suicídio: 213 544 545 / 912 802 669 / 963 524 660 (diariamente das 15h30 às 00h30)
Contacte o Serviço de Saúde Mental do Hospital da sua região – Adultos, Infância e Adolescência.
A linha SNS24 (808 242424 e www.sns24.gov.pt) e o 112 também estão disponíveis.
Entre em contacto através das Linhas de Crise e da Linha de Aconselhamento Psicológico.
Para mais informações, consulte o Plano Nacional de Prevenção do Suicídio.