É uma das histórias mais inspiradoras de 2022. Ángela Álvarez, aos 95 anos, venceu um Grammy Latino como Melhor Artista Revelação, um empate com a cantora Silvana Estrada. Ángela viu o seu álbum editado em 2021, produzido pelo neto, Carlos Alvarez que a acompanhou ao palco. Mas qual é a sua história?
Ángela canta desde 14 anos, mas só agora se tornou numa cantora celebrada. Cresceu em Cuba e foi proibida pelo pai de cantar. “Cantas para a família, mas não para o mundo“, recordou, segundo o The Guardian. Acatou e seguiu com a sua vida, casando aos 19 anos e teve quatro filhos. A crise no final dos anos 50, no país, fez com que Ángela viajasse para os Estados Unidos onde limpava casas.
Anos depois o marido acabou por morrer aos 53 anos, vítima de cancro, a filha acabaria por morrer pela mesma doença. A partir daí, a música voltou a tornar-se uma parte imprescindível da sua vida. Carlos, neto e produtor, gravou a mãe apenas com o intuito de ter um legado para os filhos terem uma memória eterna da avó. “Estás à espera que ela morra?“, perguntou um amigo, também produtor, quando soube que Ángela queria gravar um disco profissional.
Gravado num estúdio, desta vez não amador, o disco foi lançado em 2021 e tornou-se numa inspiração para os latinos dos Estados Unidos que rapidamente proliferaram as suas canções.
“Para aqueles que ainda não realizaram os seus sonhos, saibam que, embora a vida seja difícil, há sempre uma saída e com fé e amor tudo pode ser alcançado”, disse no seu discurso. Veja no vídeo:
¡Felicidades! Ángela Álvarez y @silvanaestradab Mejor Nuevo Artista 🎶👏👏👏 #LatinGRAMMY pic.twitter.com/SdbTRnFfW9
— The Latin Recording Academy / Latin GRAMMYs (@LatinGRAMMYs) November 18, 2022