Esta foi a melhor prenda que Joyce Curtis podia receber. A mulher de Glasgow, na Escócia, acreditava que o filho tinha morrido porque não o via ou ouvia desde 2010 – mas tudo mudou este Natal.
No dia 19 de dezembro, Joyce recebeu uma chamada a informar que Nicholas estava vivo e internado num hospital no sul de França. “Não consigo acreditar. Pensei que com a Covid-19 e tudo mais, ele estivesse morto. Sofri por ele. Quando recebi a chamada, fiquei em choque. Tudo o que fiz foi chorar o dia todo”, disse, citada pelo Daily Mail.
“Isto acabou de fazer o Natal para mim, especialmente desde que o meu marido morreu em junho. É como aquele filme, Milagre em Manhattan. É como um milagre. Eu conformei-me que ele tinha morrido. Realmente pensei nisso e acho que todos pensaram o mesmo”, contou. Mais tarde, no Facebook, Joyce acrescentou: “Eu nunca desisti do meu filho”, lê-se.
Mas afinal o que aconteceu?
Nicholas deixou a sua cidade natal em meados dos anos 2000 para viajar pela Europa depois de perder o emprego como marceneiro. Disse à mãe que andava a pedir boleia e Joyce acredita que o filho passou algum tempo a viver na miséria nas ruas de Paris.
Esta mãe decidiu dá-lo como desaparecido em 2009, pois não tinha notícias do filho “há anos”. Um ano depois, Joyce foi contatada pelo consulado britânico em Paris que a informou que Nicholas tinha sido internado num hospital em França. Ela e o marido fizeram uma viagem para o visitar, mas essa seria a última vez que o iria ver ou falar dele durante mais de uma década.
“Recebi uma carta em 2010 a dizer que o Nicholas estava num hospital em França. Ele já estava desaparecido há algum tempo (…) Eu e o meu marido fomos visitá-lo e foi muito bom vê-lo“, contou.
“Estávamos a levá-o para casa, mas por algum motivo, não sei a razão, ele simplesmente desapareceu novamente. Eles disseram que ele seria colocado num avião. Estava à espera dele em Glasgow. Eu trabalhava no Southern General Hospital na altura. Estava há espera dele regressar a casa e não havia sinal dele”, recordou.
“Quando fui visitá-lo a França, comprei-lhe alguns sapatos e coisas assim para que ele pudesse ter roupas para regressar a casa. Estava à espera dele no trabalho, mas nunca voltou a casa. Lembro-me que estava a chover muito naquele dia. Liguei para todos os aeroportos para saber se ele tinha embarcado, mas nada. Nunca mais ouvimos nada. Foi a última vez que ouvi falar dele até segunda-feira”, disse.
Joyce recebeu a notícia de que o filho estava vivo quando o consulado britânico a contatou para alertá-la de que ele tinha sido internado num hospital francês pela segunda vez. “Falei com ele ao telemóvel. Parece saudável. ‘Perguntei-lhe: ‘Estás a voltar para casa Nicky?’ E ele disse: ‘Sim’. Não consigo imaginar o que ele passou. Só preciso de o levar para casa”, afirmou.
Nicholas tenciona regressar a casa, mas Joyce quer viajar até França para o ver. “Mantenho as minhas expectativas baixas até o levar para casa. Espero que eu possa ir a França com a minha filha antes disso, para o ver”, sublinhou.