O caso de uma menina de 11 anos deixou o país chocado e chamou a atenção para os episódios de violência e bullying em idade cada vez mais precoce. Conforme avança o Jornal de Notícias, a menina foi agredida com estaladas, socos e pontapés pelas colegas no interior da escola EB 2,3 Dr Ruy D’Andrade, no Entroncamento, na passada sexta-feira, 4 de fevereiro.
A agressão foi filmada e partilhada nas redes sociais. De acordo com a mãe da criança, Antónia Melo, a filha não recebeu qualquer apoio por parte dos responsáveis de ensino, sendo que esta não é a primeira vez que a menina é alvo de bullying. “Já durante as férias de Natal ela foi ameaçada por elas que diziam que a odiavam e que ela se devia matar”, contou.
Antónia apresentou queixa na esquadra da PSP. “Deixei o Brasil por causa da violência e não esperava, nem eu nem a minha filha, vir a passar por uma situação destas”, disse Antónia, que foi convocada pela direção da escola para uma reunião. Felizmente, a menina não sofreu ferimentos graves.
Segundo o O Globo, mãe e filha viviam em São Gonçalo, no Rio de Janeiro, e mudaram-se para Portugal em 2018, na esperança de terem uma maior segurança e uma melhor educação. A menina disse que havia episódios de violência na escola “praticamente todos os dias” e que agora sente medo de ir à escola e ser agredida novamente. Quanto à reunião, o jornal brasileiro refere que “não chegou a acontecer”.
Se precisar de ajuda ou informação pode contactar a Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV). O apoio é gratuito e confidencial. Pode ligar para o número 707 200 077 (10h00-13h00/14h00-17h00 – dias úteis), enviar e-mail para [email protected] ou dirigir-se a um dos GABINETES DE APOIO À VÍTIMA.