Quase um ano depois da morte da filha, a modelo Christy Giles, os pais continuam devastados e a procurar justiça. Num relato comovente, a mãe da jovem de 24 anos revelou que esta foi enterrada ao lado de um vestido de noiva que nunca chegou a usar.
Dusty e Leslie Giles fizeram planos para uma cerimónia com familiares e amigos no estado americano do Alabama porque Christy casou secretamente com o então noivo, Jan Cilliers, no festival Burning Man, em Nevada, em agosto de 2019. Infelizmente, a cerimónia nunca aconteceu porque a modelo morreu no dia 13 de novembro de 2021 e o seu corpo foi abandonado por dois homens à frende de um hospital em Los Angeles, na Califórnia (EUA).
Numa entrevista exclusiva ao The New York Post, Dusty contou o quão difícil foi ter de fazer o reconhecimento do corpo da filha e a revolta ao descobrir que foi vítima de homicídio. A família optou por transportar o corpo da modelo para o estado do Alabama, onde vivem. “Perguntei ao Jan se podia ficar com ele [o vestido] para que pudéssemos enterrá-la com o seu vestido de noiva. Não estará colocado nela, mas eu não queria que mais ninguém usasse. É dela e ela infelizmente nunca teve o seu casamento”, disse.
Parte do rosto de Christy, que apareceu na capa de revistas de moda, começou a decompor-se. Enquanto a mãe pediu que inclinassem o rosto para que ficasse com os seus traços minimamente intactos para o velório de caixão aberto, o pai não teve forças para vê-la. “Eu não conseguia olhar para ela…”, disse Leslie, em lágrimas. “Ela era a menina do papá”, acrescentou Dusty.
“Isto ainda é tudo demasiado para nós. Como estas a lidar? Estamos destroçados, a tentar carregar um fardo insuportável”, continuou.
O que terá acontecido na fatídica noite?
Christy Giles e a sua amiga arquiteta, Hilda Marcela Cabrales-Arzola, de 26 anos, saíram juntas na noite de 12 de novembro do ano passado. 12 horas depois, foram abandonadas em dois hospitais diferentes. A primeira foi declarada morta no local, enquanto a segunda morreu onze dias depois em coma.
As câmeras de videovigilância mostram homens mascarados num carro sem matrícula. A autópsia revelou que as mulheres haviam sido vítimas de overdose de várias drogas (Jan Cilliars, que estava em São Francisco no momento do incidente, garante que nenhuma das jovens consumia drogas) e as suas mortes foram consideradas homicídio.
O produtor de cinema David Pearce foi acusado pela morte das jovens e o seu colega de quarto, o ator Brandt Osborn, mais conhecido pelo seu papel na série ‘NCIS: Los Angeles’, também foi indiciado por “cumplicidade em assassinato”.