No programa Passadeira Vermelha desta terça-feira, 14 de março, Liliana Campos mostrou-se crítica face à posição da Igreja no que diz respeito aos abusos sexuais de crianças cometidos por sacerdotes. Isto porque vários suspeitos continuarem a exercer funções. O tema surgiu na sequência de uma conversa sobre a exposição mediática dos filhos das figuras públicas.
Católica assumida, a apresentadora chegou mesmo a admitir: “Hoje em dia, acho muito arriscado qualquer pai mandar um filho para a catequese”. “A Igreja que olhe para isto e que não deixe continuar”, reforçou.
“Estão a tentar mandar areia para os olhos das pessoas”, atirou. “Quem é católico sofre muito com isto. Já para não falar das vítimas, essas sim”, continuou.
“Cada vez que os senhores bispos abrem a boca, a primeira coisa que deviam fazer era pedir perdão às vítimas. Ainda não ouvi ninguém fazê-lo com o coração, só se preocupam com o dinheiro que alegadamente vão ter de pagar de indemnização […] Eles acham que isto vai passar, não vai”, sublinhou, visivelmente revoltada.
“Se eu tivesse um filho pequenino, não ia para a catequese. A catequese fez-me lindamente […] Às vezes chegava a ir contrariada, mas chegava lá e gostava de estar lá. Muitos anos depois eu dei valor àquele tempo em que estive ali, porque realmente eu sei que fez de mim uma pessoa melhor. Mas hoje, se eu fosse mãe, eu não queria [os meus filhos] na catequese, enquanto isso não ficasse resolvido”, rematou.