A vida de Mark Mongiardo deu uma reviravolta: perdeu a sua carreira, a sua casa e teve que ir morar para a casa da família da sua esposa, que começou a suspeitar que o marido roubava cerveja quando não havia ninguém por perto. Mas afinal havia um explicação. Já lá iremos.
O ex-professor de 40 anos, da Flóridas, EUA, foi acusado pelos pais dos alunos de ‘cheirar a álcool’ na escola, particularmente entre 2012 e 2016. Já lecionava desde 2005. Em 2019 foi mandado parar pela polícia duas vezes, no espaço de seis meses, por ‘conduzir alcoolizado’, apesar de não ter tocado numa gota de álcool.
O motivo: o seu corpo produzia cerveja. Depois de todo este caos na sua vida, Mark foi diagnosticado com um síndrome de auto-cervejaria ou de fermentação intestinal, uma condição que acontrece porque o excesso de leveduras (um tipo de fungo) no intestino transforma os hidratos de carbono em álcool.
“Durante anos, [a minha esposa] pensou que eu estava a beber escondido e que voltava para casa todos os dias e basicamente estava bêbedo. Tive sintomas de embriaguez, desde fala arrastada até problemas de equilíbrio. E isso acontecia até mesmo em eventos sociais onde eu não bebia“, disse ao Today, citado pelo Daily Mail.
Não conseguia emprego em lado nenhum e podia receber pena de prisão de dois anos
Quando foi mandado para pela polícia e o ‘teste do balão’ acusou novamente álcool, foi despedido. “Foi quando perdi tudo. Perdi tudo o que alguém poderia perder“, contou à ABC7. “Tive que vender a minha casa, tive que vender o meu carro. Não consegui um emprego na educação, não consegui um emprego na mercearia. Eu tinha acusações criminais pendentes (que foram posteriormente retiradas). Eu estava a enfrentar uma pena de prisão quando eu não tinha bebido“, recordou.
Foi nesse momento que a sua mãe sugeriu procurar um médico gastroenterologista. Mark Mongiardo assim o fez e foi quando ficou a saber o diagnóstico em maio de 2019. Entretanto, o ex-professor decidiu dedicar-se a outra carreira e começou a trabalhar no setor imobiliário em Nova Iorque antes de regressar para a Flórida após a pandemia, juntamente com a mulher e os dois filhos. Agora trabalha na Target.
Para controlar a sua condição, Mark diz que precisa de tomar 30 comprimidos por dia e vive com uma dieta baixa em carboidratos, sem massa e pizza, o que é uma rotina difícil para um italo-americano. Além disso, faz sempre o ‘teste do balão’ antes de conduzir.