Kamila Valieva tornou-se a primeira mulher a conseguir fazer saltos quádruplos nos Jogos Olímpicos de Inverno, em Pequim, sendo que a sua prova valeu à Rússia a segunda medalha de ouro. No entanto, a jovem de 15 anos testou positivo a trimetazidina [um medicamento cardíaco proibido] no passado dia 25 de dezembro, durante os campeonatos da Rússia, mas o resultado só foi divulgado uma semana depois, já no decurso dos Jogos de Inverno.
Respondendo à questão “o que acontecerá com Kamila Valieva”, esta segunda-feira, 14 de fevereiro, o Tribunal Arbitral do Desporto (TAS, na sigla inglesa) decidiu que a patinadora, favorita ao ouro individual feminino, não deve ser suspensa de forma provisória antes de uma audiência completa sobre o teste positivo, uma vez que afastar a russa dos Jogos Olímpicos iria “causar-lhe danos irreparáveis” e também em parte por ser menor. Deste modo, Kamila poderá continuar a competir até ser terminada uma investigação ao caso.
A decisão não agradou o Comité Olímpico Americano (USOPC). “Os atletas têm o direito de saber que estão a competir de forma justa. Infelizmente, hoje esse direito foi-lhes negado. Este parece ser um novo capítulo de desrespeito sistémico e generalizado pelo desporto”, escreveu a presidente do USOPC, Sarah Hirshland, num comunicado.