A história de Sarah de Langarde é muito comovente. A mulher de 44 anos, que vive em Camden, no norte de Londres, perdeu um braço e uma perna quando duas carruagens de metro a atropelaram.
Tudo aconteceu numa sexta-feira, dia 30 de setembro, quando Sarah, que tinha saído do trabalho, estava a regressar para casa. Adormeceu no metro e perdeu a paragem. Enquanto corria para sair na estação High Barnet, perdeu o equilíbrio e caiu no espaço entre a carruagem e a plataforma.
Ficou “ensanguentada e mutilada” ao ser atingida pela carruagem que estava a sair do local e, novamente, por outra que veio a seguir. Pensar na família foi o que a fez não desistir de lutar pela vida. Falando três meses após o acidente, Sarah disse ao Good Morning Britain que, apesar de ser uma “coisa terrível”, sente-se “muito privilegiada e grata por estar viva”.
“Naquela noite disseram-me que eu poderia ter morrido pelo menos dez vezes”, revelou, citada pelo Daily Mail, acrescentando que “a minha família podia ter passado o Natal sem mim. O facto de estar viva e estar aqui é incrível. Agora tudo tem um brilho extra”.
Sarah contou que esteve deitada durante 15 minutos antes de um transeunte ter ouvido os seus gritos de socorro. Estes eram os seus pensamentos: “‘Eu não deveria estar aqui, isto não deveria acontecer. Preciso de ir para casa ver a minha família. Esse pensamento sobre a minha família fez-me continuar'”, recordou.
Entretanto foi transportada de urgência para o Royal London Hospital, em Whitechapel, e levada para uma unidade especializada onde o seu braço e perna foram amputados. “Tive que lhes [aos dois filhos] fazer uma promessa quando o meu filho de oito anos estava a chorar, a falar comigo por FaceTime, tive que prometer que estaria em casa no Natal”, contou.
Sarah de Langarde, que está a angariar dinheiro através do GoFundMe para um braço protético avançado e já arrecadou mais de 315 mil euros, partilhou uma mensagem de esperança no programa de televisão. “A vida é tão preciosa e um acidente como este poderia ter acontecido a qualquer um. Isto faz-nos perceber o quão precária é a tua vida, e em vez de nos preocuparmos com as pequenas coisas da vida, deveríamos concentrar-nos mais no que realmente importa e para mim foi dizer ‘eu amo a minha família, amo o meu marido, amo os meus filhos’ e esse sentimento deve substituir todo o resto, então não se preocupem com as coisas pequenas”, destacou.