Andrea Costa é uma empresária de 35 anos que decidiu proibir a entrada do sexo masculino na sua loja de roupa feminina em São Paulo, no Brasil. Como? Deixando um aviso na vitrine com a seguinte frase: “Homens, se não forem experimentar, esperem do lado de fora da loja”, lê-se.
A influencer explicou que a medida foi necessária após inúmeros casos de assédio contra clientes e funcionárias. “Eles paravam para ficar a olhar para as clientes, diziam coisas… Já apanhámos homens a olhar entre as cortinas dos provadores e também já chegaram a pedir para experimentar roupa feminina e, quando voltaram do provador, havia sémen na peça”, revelou, citada pelo Diário do Nordeste.
Além disso, Andrea explica que a maioria dos homens apenas acompanhavam as mulheres à loja, mas diversas vezes acabavam por fazer comentários depreciativos ou desrespeitavam-nas ao assediar outras clientes e funcionárias da loja. Por esse motivo, no cartaz está explicito que os homens que depreciam o corpo das mulheres, que traem as suas companheiras e cortejam as funcionárias do estabelecimento estão proibidos de entrar.
A empresária, que define este tipo de situações como “ridículas”, decidiu criar um “ambiente acolhedor” para as mulheres, sem a presença de homens no espaço. “Há alguns meses, começámos com a placa de aviso, a alertar, para inibir a visita de homens. Imaginei que eles iriam sentir-se constrangidos, mas não foi o suficiente. A loja cheia de clientes, em plena pandemia, e os homens a querer entrar só para ficarem a olhar para as outras clientes”, afirmou.
Andrea Costa explica que alguns homens insistem em entrar e já teve que expulsar homens do estabelecimento que não respeitaram a medida. “No caso dos que vão acompanhar as esposas, que as esperem do lado de fora. Se quiserem comprar algo como presente, coisa que raramente acontece, podem comprar na nossa loja online”, esclareceu.
Por outro lado, a medida imposta foi bem recebida pelas clientes, segundo Andrea. “Acredito que todas nós mulheres sonhamos com um ambiente onde possamos trocar de roupa e nos olhar ao espelho sem estarmos a ser assediadas”, disse.