A semana passada prometia fazer chegar a tão aguardada última etapa de um dos maiores e mais mediáticos processos judiciais dos últimos tempos, muito devido aos seus protagonistas. Depois das alegações finais, era esperado que esta semana se soubesse quem sairia vencedor do caso entre Johnny Depp e Amber Heard. Mas isso poderá estar mais longe do que se pensa.
O processo, que começou a 11 de abril, e que se arrasta há quase dois meses, está nas retas finais, mas como escreve o jornal Público, os jurados que estão a avaliar o caso não reúnem tantas certezas ou consenso geral sobre quem considerar ‘vencedor’.
Esta terça-feira, 31 de maio, e ao segundo dia de deliberações, chegou-se novamente ao fim sem quaisquer resultados ou conclusões. E foi ainda necessário colocar mais uma questão à juíza Penney Azcarate, o que dará indícios de que os sete jurados (entre os nove que acompanharam o caso) deverão continuar sem muitas certezas sobre o veredicto.
E a dúvida do painel de júri vem ter ao início de todo este processo – o artigo que a atriz assinou para o The Washington Post, em 2018. Foi questionado se deveria ser considerado apenas o título (“Falei contra a violência sexual — e enfrentei a ira da nossa cultura. Isso tem de mudar“) ou mesmo o artigo completo.
O tema gerou dúvidas dado que o ensaio não fez parte do julgamento, e a juíza norte-americana acabou por responder que apenas a declaração de Amber Heard no título deveria ser tida em conta para alcançar um veredicto.
Recorde que Johnny Depp processou Heard em mais de 46 milhões de euros, acusando-a de o difamar no editorial que escreveu. Heard contra-processou Depp em quase 94 milhões de euros, depois de negar todo o tipo de acusações.
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