Susannah Constantine, mais conhecida por ser uma das apresentadoras do ‘Esquadrão da Moda’, na BBC, recordou um episódio ‘humilhante’ que a obrigou a admitir que era alcoólatra e a procurar ajuda da família.
Durante a sua aparição no ‘Thursday’s Lorraine’, a apresentadora de 60 anos contou em detalhes o momento em que chegou ao fundo do poço em 2013. Susannah, que bebia uma garrafa e meia de vinho todas as noites, admitiu que o álcool tinha um controlo sobre si mesma e tentava esconder a bebida do marido, Sten Bertelsen, e dos filhos, Cece, de 18 anos, Esme, de 21 anos, e Joe, de 23 anos.
“Qualquer pessoa que sofre de alcoolismo vai identificar-se com isto. Foi aumentando até ao ponto em que eu não tinha controlo sobre o álcool, ele tinha controlo sobre mim“, afirmou. Relembrando o momento em que decidiu pedir ajuda, contou: “Estávamos na Cornualha [Inglaterra] e eu não estava a beber muito mais do que as outras pessoas, mas acho que quando bebes de forma consistente e diariamente, o teu corpo torna-se uma esponja saturada e não demora muito que fiques fora de controlo”, disse.
“Então eu desmaiei, caí, parti dois processos transversos nas costas e urinei em mim mesma, e não há nada mais humilhante do que isso. Os meus filhos testemunharam isso e o meu marido e o meu cunhado levaram-me para a cama“, contou.
No dia seguinte, Susannah decidiu reunir a família: “Não sei como tive coragem, mas acabei por reunir todos à volta da mesa e disse: ‘olhem, eu preciso de ajuda. Tenho-vos mentido. Continuo a dizer que não tenho bebido, estou a beber muito mais do que vocês sabem e preciso de fazer algo'”, recordou. “Perguntei-lhes: ‘Como é que isto vos faz sentir?’ E todos eles me disseram e eu sabia que eu tinha que parar e começar a recuperar a confiança da minha família porque eu tinha vindo a mentir-lhes.”
“Não é exagero dizer que o Alcoólicos Anónimos salvou a minha vida“
A apresentadora, cuja mãe também era alcoólatra, revelou pela primeira vez que tem problemas com o álcool em 2020 e contou que está em recuperação há sete anos. “Para minha grande vergonha, nunca vou esquecer a vez em que foi sugerido que o meu marido me levasse para casa no 40º aniversário de um amigo porque eu mal conseguia ficar de pé“, disse num texto enviado ao Daily Mail.
“Quando participei pela primeira vez numa reunião de Alcóolicos Anónimos (AA), o alívio tomou conta de mim quando percebi que outras pessoas tinham as mesmas histórias e sentimentos. Eu não estava sozinha. Eu diria o mesmo para qualquer um que esteja a lidar com questões semelhantes agora: não está sozinho. Não é exagero dizer que o AA salvou a minha vida”, destacou.
Peça ajuda.
Linha de Ajuda Alcoólicos Anónimos Portugal: 217 162 969