Graça Freitas, diretora-geral da Saúde, admitiu esta quinta-feira, 3 de fevereiro, o fim do isolamento para casos positivos assintomáticos e a possibilidade do uso de máscara só em situações de maior risco. Hipóteses que estão a ser estudadas pela comunidade científica.
“Para os casos, sim. Para os doentes, não. Os doentes continuam a ter direito ao seu isolamento, estão no auge da sua transmissibilidade”, referiu Graças Freitas em declarações à CNN Portugal. A diretora-geral da Saúde falou ainda na possibilidade de “redução dos dias de isolamento e outras medidas para os contactos próximos dos infetados”.
Já em relação ao uso de máscara, pode aplicar-se só em determinadas situações. “Se houver um alívio da epidemia, podemos reservar, por exemplo, o uso das máscaras para uma altura em que estivermos outra vez a subir na sazonalidade”, sublinhou.
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Numa altura em que países como a Finlândia e a Dinamarca levantaram todas as restrições relacionadas com a pandemia, Graça Freitas admitiu que Portugal se encontra “numa fase de transição”.
“Tem-se dito muito que esta doença vai passar a ser endémica, em que nós sabemos o que nos pode esperar no futuro. Ora, este vírus ainda nos deixa com muitas incógnitas. Mas, mesmo que se torne endémico, vai continuar a ter manifestações através de surtos ou epidemias, sazonais ou não. Ainda temos aqui um longo caminho”, destacou.