O caso aconteceu nos Estados Unidos da América, e foi recentemente tornado público nos meios de comunicação do país. Envolve um gigante navio de cruzeiros, e a decisão da equipa de bordo de ‘guardar’ o corpo de um homem que morreu em pleno alto mar… num frigorífico de bebidas.
De acordo com o The Guardian, o caso aconteceu em agosto do ano passado, mas o processo está apenas a desenrolar-se agora, com a Celebrity Cruises a ser alvo de um processo levantado pela família do passageiro morto.
A bordo do navio Celebrity Equinox com a mulher, Robert Jones foi vítima de um ataque cardíaco, não tendo sido capaz de sobreviver, com o óbito a ser declarado em pleno alto mar.
Segundo descreve a publicação já referida, que cita o Miami New Times, os membros da tripulação do navio terão dito à viúva, Marilyn Jones, que ela poderia levar o corpo para a San Juan, Porto Rico, ou que eles poderiam colocá-lo numa espécie de ‘morgue a bordo’, até que regressassem ao ponto de partida inicial da viagem, na Flórida.
Os funcionários terão dito que o corpo de Robert Jones teria apenas 50 por cento de hipóteses de ser autopsiado em San Juan, e que a mesma teria de permanecer sozinha no local. Por isso, Marilyn escolheu manter o corpo no navio.
A Florida woman and her family have filed a lawsuit against Celebrity Cruises, claiming the cruise line improperly stored her husband’s body in the ship’s cooler, as opposed to the morgue, after he died on board. https://t.co/2W3UQGFxlO
— WSVN 7 News (@wsvn) April 23, 2023
Mas quando o navio voltou a Fort Lauderdale, dias depois, um assistente de uma empresa funerária percebeu que o corpo de Robert não tinha sido colocado numa morgue, mas sim no chão de um frigorífico de bebidas.
Segundo o processo judicial já levantado, esse mesmo equipamento não estava devidamente frio para evitar que o corpo não entrasse em processo de decomposição. Assim, a equipa funerária nada pôde fazer para que o funeral pudesse ser de caixão aberto.
É ainda dito, no processo, que a morgue do navio não estaria a funcionar à época deste episódio.
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Neste momento, Marilyn Jones, as duas filhas e os três netos estão agora a processar a companhia de cruzeiros em mais de um milhão de euros em danos.
“As ações e omissões da Celebrity Cruises e da sua equipa interferiram tortuosamente com o corpo de Robert Jones e com as últimas memórias dos seus entes-queridos, o que causou um trauma extremo ao visualizar o corpo do homem em causa. A sua dignidade foi-lhe roubada logo após a sua morte“, consta no processo.