Cláudia Lopes, a mulher que se destacou no jornalismo desportivo, conheceu o marido, Marco Braz, no local de trabalho em 2010. Aos 41 anos, a jornalista foi mãe do pequeno Simão, hoje com oito anos. Mas passou por uma dolorosa perda, como contou esta segunda-feira, 19 de dezembro, no programa Júlia, da SIC.
Aos cinco meses de gestação, Cláudia descobriu durante uma consulta de rotina, na maternidade Alfredo da Costa, que sofria de síndrome feto-fetal, uma complicação que acontece quando os gémeos, apesar de estarem em bolsas diferentes, partilham a placenta, provocando desequilíbrios no fluxo de sangue.
“Apanhei o susto da minha vida que não desejo a ninguém”, afirmou a jornalista em conversa com Júlia Pinheiro, que é mãe de gémeas. Cláudia explicou que foi visitar Andreia Vale à maternidade Alfredo da Costa e fez uma reflexão: “Como é que nós nos consideramos um país de primeiro mundo e não temos um Hospital Materno Infantil, alguma coisa que vá da fertilização até à pediatria aos 17 anos”, disse. “Tu entras na maternidade Alfredo da Costa e tu dizes: ‘Isto não pode ser a principal maternidade de Lisboa'”, sublinhou.
“Eu faço uma intervenção em Londres que não é suposto numa circunstância daquelas. Eu falo inglês, fui com o meu marido, mas imagina agarrares numa pessoa que vem de qualquer ponto do país e a metes num avião para fazer um procedimento xpto”, acrescentou, referindo que “o procedimento não se fazia cá e não sei, ainda hoje, se se faz cá.”
“Eu uso esta metáfora para tudo: Há alturas da tua vida em que é uma corrida contra a dor e tu não podes deixar que ela ganhe“, destacou ainda a jornalista.