Amy Holder e Dan Rigby estiveram a desfrutar de umas férias de 10 dias no The Pátio Suite Hotel, em Albufeira. Vindos de Liverpool, Inglaterra, o casal chegou ao seu destino no passado dia 25 de maio através da EasyJet. Até aqui tudo bem. Foi no regresso a casa que o pesadelo teve início.
Numa entrevista exclusiva ao Daily Mail, a mulher explicou como a filha, Olivia, de oito anos, foi “forçada” a dormir no chão do aeroporto de Faro depois da companhia aérea ter cancelado, à última hora, o voo. Amy explica que a família ficou presa no aeroporto às 23h20 de sábado, 4 de junho, quando estavam prestes a embarcar no avião.
“Estávamos nas escadas prontos para embarcar no nosso voo para Liverpool no sábado à noite. Fomos então reencaminhados para a porta de embarque onde fomos informados de que um dos comissários de bordo tinha adoecido. Depois disseram que o voo tinha sido cancelado”, recordou.
“O atendimento ao cliente da EasyJet tem sido asqueroso. Ninguém da EasyJet estava no aeroporto para ajudar. Tudo no aeroporto estava fechado. Não havia nada para comer ou para beber. Não consegui falar com ninguém da companhia aérea”, continuou.
Cansada e incapaz de encontrar um sítio para dormir em tão pouco tempo, a filha acabou por se deitar no chão. “Ficámos presos no aeroporto com a minha filha de oito anos a dormir num chão frio e duro, sem comida ou bebida e sem assistência até às 7 horas no domingo”, acrescentou.
Amy e Dan não conseguiram dormir e tranquilizar a filha não foi fácil. “A Olivia já estava cansada porque era muito tarde, mas ela ficou inconsolável no aeroporto. Estava preocupada que não chegássemos a casa. Tentei tranquilizá-la de que tudo ficaria bem e que estávamos seguros, mas estava preocupada em faltar às aulas”, contou.
Três dias “presos” em Portugal e pagaram tudo do seu próprio bolso
Entretanto, o casal conseguiu reservar outro voo para quarta-feira e Olivia acabou mesmo por perder três dias de escola. Além dos bilhetes de avião, tiveram que gastar em transporte, alimentação e estadia no Monica Isabel Beach Club.
“Só consegui entrar em contacto com a EasyJet por volta das 9 horas da manhã seguinte – depois de duas horas à espera. Disseram que entrariam em contacto em 90 minutos com detalhes de um hotel onde poderíamos ficar. Eu ainda estava à espera ao meio-dia, tive que reservar o meu próprio hotel e pagar por mim. Também ficou claro que eu teria que reservar os meus próprios voos para casa. Tive que reservar estes, pois havia apenas cinco assentos restantes e precisava voltar para o Reino Unido”, disse.
O pedido de desculpa tardio da EasyJet
Amy, que na altura da entrevista ainda estava com a família no Algarve, disse que ainda não tinha sido contactada pela EasyJet e tinha recebido apenas um e-mail a informar que precisava de entrar na aplicação da companhia aérea para solicitar um reembolso, mas a aplicação não estava a funcionar. “O meu companheiro Dan é trabalhador independente e já perdeu três dias de trabalho. Tem sido uma experiência horrível“, afirmou.
Posteriormente, a EasyJet pediu desculpa. A companhia aérea explicou que os clientes foram informados das suas opções de remarcar voos e foram prestados serviços de hotel e refeições. “A nossa equipa entrará em contato com a Sra. Holder para pedir desculpa pela sua experiência e garantir o seu bem-estar. Também os reembolsaremos pelas despesas como resultado do cancelamento”, disse um porta-voz.