Esta é um história que ninguém consegue ficar indiferente. Anneka Johnstone deu à luz uma menina e estava radiante. Mal sabia ela que, em pouco mais de um ano, acabaria por morrer, vítima de cancro cerebral.
A pequena Sienna nasceu em outubro de 2018. Em novembro de 2019, Anneka morreu. Um diagnóstico errado dos profissionais de saúde que a atenderam pode ter contribuído para o trágico desfecho, de acordo com o Daily Mail.
A jovem de 33 anos, que vive em Dumfries, na Escócia, foi levada de urgência para o hospital em junho depois de ter começado a arrastar os pés e caiu enquanto estava com a filha bebé ao colo. Inicialmente, pensou que as suas tonturas eram causadas pelo ‘baby brain’, que é o termo pelo qual ficaram conhecidas as alterações que podem acontecer no cérebro da mulher durante a gravidez e o puerpério, que inclui esquecimento, distrações e algumas confusões.
O terrível diagnóstico
Os profissionais de saúde disseram-lhe que ela tinha herpes e receitaram-lhe antibióticos. Mas era algo muito mais grave. Uma semana depois, após uma ressonância magnética e uma biópsia, foi diagnosticada com glioblastoma estadio quatro, um dos tipos mais frequentes e agressivos de cancro cerebral. Infelizmente, morreu apenas seis meses depois, deixando o marido, Alan, devastado.
“Foi doentio conhecer a pessoa que ela era e que não havia nada que eu pudesse fazer. Eu conseguia ver o medo nos olhos dela, ela estava apavorada – como qualquer um estaria aos 33 anos”, contou Alan, de 38 anos.
“A Anneka queria ver a sua filha crescer. Depois de sabermos a notícia, regressámos a casa para contar à família. A primeira pessoa que ela viu quando entrou pela porta foi Sienna – ela desmaiou. Tudo o que ela queria era ser mãe, estar presente no 18º aniversário da Sienna e vê-la casar”, recordou.
Depois do diagnóstico, a saúde de Anneka Johnstone começou a deteriorar-se e os seus últimos meses de vida foram passados no hospital. Foi transferida para uma unidade de cuidados paliativos. Alan explicou que a família se organizou para garantir que estivesse sempre alguém com a jovem 24 horas por dia. No entanto, acrescentou: “Podes passar 24 horas com ela, mas só consegues 30 segundos da verdadeira Anneka”.
Este ano, Alan irá participar na Maratona de Londres em memória da sua esposa e para angariar dinheiro para a The Brain Tumour Organisation. E tem uma página que serve esse propósito. “Estou a fazer isto para a próxima pessoa que for diagnosticada. (…) Não há dinheiro suficiente a ser investido. Espero chegar ao fim sem muitas lágrimas, arrecadar o máximo de dinheiro possível e partilhar a história da Anneka. Nunca esquecerei a marca que ela deixou no mundo e espero que haja muitas coisas da Anneka na Sienna durante o seu crescimento”, disse.