Ashley Judd foi violada em 1999 e, anos depois, “tentou encontrar-se” com o agressor e este “apareceu com muita facilidade”. A atriz contou pormenores do encontro durante uma recente entrevista.
“Para encurtar a história, acabámos sentados juntos numas cadeiras à beira de um riacho. E eu disse: ‘Estou muito interessada em ouvir a história que carregaste durante todos estes anos’. E tivemos uma conversa de justiça restaurativa [colocar as vítimas cara a cara com os agressores para “curar” ambos]“, recordou durante o podcast ‘Healing with David Kessler’.
A norte-americana de 54 anos referiu ainda o que a motivou a partilhar esta história: “Há muitas maneiras de curar a dor e é importante lembrar os ouvintes de que eu não precisava de nada dele”, disse. E acrescentou que o seu agressor “expressou o seu profundo remorso”. “A cura da dor é um trabalho interno”, afirmou.
Em 2019, Ashley Judd revelou ser uma “sobrevivente de três violações” e como um desses ataques levou a uma gravidez que ela interrompeu. A atriz explicou que, se não o tivesse feito, acabaria por ser forçada a dividir a guarda com o homem que a violou: “Sou muito grata por ter acesso ao aborto seguro e legal porque aquele violador que é do Kentucky, como eu, e reside no Tennessee, tem direitos de paternidade em Kentucky”, explicou. Recorde-se que a Suprema Corte dos EUA revogou o direito ao aborto.
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