Uma mãe indignada decidiu tomar medidas mais drásticas depois da filha – que se movimenta através de uma cadeira de rodas – não conseguir usar o passeio junto à estrada devido aos arbustos que lá estão. Depois de inúmeros pedidos para os cortarem, Jill White decidiu protestar de uma forma inusitada.
Na semana passada, a mulher de 57 anos resolveu despir-se com cartazes estrategicamente colocados sobre as suas partes íntimas, à vista dos condutores que conduziam ao longo da A358, entre Tatworth e Chard, em Inglaterra. “Cortei o meu arbusto, agora rodovias aparem o seu”, lê-se. É que a sua filha foi forçada a ir de táxi para a escola nos últimos anos por causa do caminho estar coberto.
“Estamos no século 21 – uma mulher velha não deveria ter que tirar a roupa, andar por uma estrada, nua, com um cartaz a empurrar uma cadeira de rodas para que algum tipo de ação seja tomada”, afirmou, citada pelo Daily Star.
“Depois de pedir repetidamente que o trajeto de Tatworth a Chard fosse transitável para pedestres, cadeiras de rodas e carrinhos de bebé, e após a inação do conselho, decidi fazer o meu próprio protesto. Estou a pedir há quase dois anos. Temos uma crise de combustível e um serviço péssimo de autocarro, então as pessoas estão a precisar de ir a pé”, explicou, citada pelo Daily Mail. “Estamos a entrar nas férias escolares e vai acontecer um acidente”, acrescentou, citada pelo.
Desde então, foi confirmado que o trabalho para aparar os arbustos irá começar na próxima semana. No entanto, Jill diz que a luta “ainda está longe de terminar”, alegando que é “uma pequena vitória num quebra-cabeças muito maior”. “É como se estivéssemos a viver num país do terceiro mundo aqui! (…)”, afirmou.
“No dia anterior ao meu protesto, tive que ir a uma consulta e percorrer o trajeto para lá chegar porque os horários de autocarro não eram nada práticos. Se estás a andar com um carrinho de bebé e uma criança pequena, é impossível. Em alguns lugares o caminho não tem mais que cinco centímetros [de largura], é horrível”, contou.
Jill explicou ainda que a ideia do seu protesto teve origem numa observação casual, uma ‘brincadeira’, feita por uma amiga, que ela decidiu levar a sério. “Eu disse-lhe que ela não deveria colocar ideias na minha cabeça porque ela sabe muito bem que eu vou fazer isso. Deram-me algumas folhas grandes – então fiz questão de cobrir as minhas partes íntimas pois não queria ser presa por indecência”, disse.