A festa do cinema continua a decorrer em Cannes, no Festival que dá espaço e lugar ao melhor que se produz na sétima arte. Para além disso, os holofotes centram-se ainda na longa red carpet do Palais des Festivals, local onde decorrem as cerimónias, para os também habituais desfiles dos ‘looks‘ mais glamorosos.
No entanto, e pela segunda vez em poucos dias, a passadeira vermelha de Cannes voltou a ser palco de um grande protesto, uma vez mais com pedidos de fim à violência contra as mulheres. Depois de uma primeira invasão, feita por uma mulher que denunciava os crimes de violência sexual durante a guerra na Ucrânia, foi a vez de um grupo maior, de cerca de 12 mulheres, se fazer ver e ouvir.
O sucedido decorreu antes da estreia do filme ‘Holy Spider‘, com as protestantes a subirem às escadas da entrada do edifício, vestidas de preto, enquanto transportavam uma faixa branca, onde estavam escritos os nomes de 129 mulheres mortas em França, desde a última edição do festival.
Depois de posicionadas, o grupo feminista ‘Les Colleuses’ detonou ainda granadas de fumo preto.
VIDEO: Members of the feminist collective "Les colleuses" deploy a banner with the names of feminicide victims and light smoke bombs on the red carpet for the Cannes premiere of the film, "Riposte féministe", by Marie Perennès and Simon Depardon pic.twitter.com/ae2Kg1agIS
— AFP News Agency (@AFP) May 23, 2022
Os seguranças do Festival de Cannes não tentaram impedir a manifestação, que ocorreu antes da chegada do elenco de ‘Holy Spider‘, realizado pelo iraniano-dinamarquês Ali Abbasi. O filme é sobre uma jornalista que investiga o assassinato de profissionais do sexo na cidade sagrada iraniana de Mashhad, escreve o jornal Observador.