Decore este nome: Obsidian. A partir de hoje vai andar em todo o lado. A marca é inspirada na obsidiana, o produto de lava vulcânica que, ao arrefecer, se transforma em vidro natural. A sua cor depende do corte e, nesta primeira cápsula lançada esta quinta-feira, dia 13, cor não falta. Aceita o desafio de Cláudia Vieira e de Gabriela Pinheiro?
Tal como a obsidiana, a marca de roupa pretende canalizar a positividade para as mulheres, refletindo a sua vulnerabilidade e resiliência. Gabriela Pinheiro colocou o nome em cima da mesa. “Queremos honrar a natureza e as mulheres”, explica a stylist que exalta a sustentabilidade da marca, produzida em Portugal.
A cor da cápsula e a roupa do seu armário
Não há idade ou target para esta primeira cápsula (coleção com quantidade de peças menor do que a de uma coleção tradicional) e de acordo com Cláudia Vieira, será dado um apoio contínuo às clientes. “Vamos ajudar a conjugar as roupas Obsidian com as que as mulheres já têm no armário”, sublinha, adiantado que futuras peças da marca que hoje nasce, também serão facilmente coordenáveis com as restantes.
A coleção é então composta por um fato de calças e blazer em dois padrões (o rosa é o eleito de Gabriela), um trench coat estampado com padrões exclusivos (o destaque de Cláudia Vieira), uma minissaia também estampada em dois modelos, duas t-shirts em preto e branco e um top estilo biquíni triângulo.
As t-shirts são feitas em algodão supima, mais versátil, durável e até brilhante. As restantes peças, em particular o fato, é um manifesto de ousadia. “Tem cores fortes, é mesmo para a arriscar e queremos que seja um modelo intemporal. Queremos que as mulheres se sintam audazes.
Muitas vezes vestimos uma peça e sentimos uma sensação no dia a dia e a roupa colorida tem esse efeito, embora eu seja apaixonada por branco”, admite a atriz e apresentadora. A ideia e o nome partiram de Gabriela Pinheiro. Em 2019, decidiram que a marca ia mesmo avançar e em 2020 trouxeram a terceira sócia, Raquel Vasconcelos, com forte experiência em marketing e branding.
“O mercado não precisa de mais roupa, mas sim de consciência”
É isso mesmo. Segundo a atriz, no mundo saturado da moda [e responsável por muita poluição], não fazia sentido deixar o ambiente de fora. “A primeira cápsula é sustentável e tem cores garridas, acho que é um rasgo no mercado. Roupa existe muita, mas há que consciencializar que tipo de peças as pessoas devem comprar”, comenta. E o poder de transformação vem na etiqueta.
Pois é. Na etiqueta – quase como “um cartão de identificação” – indica os materiais, de onde veio e instruções de como a deve cuidar. Mas há mais. Nas redes sociais da Obsidian serão publicados vídeos práticos de como deve preservar as peças. Porque não usar, conjugar e até guardar e reusar mais tarde? Intemporal é isso mesmo.
1,1 milhões de seguidores VS o compromisso nas redes sociais
Cláudia Vieira é das mulheres portuguesas mais seguidas nas redes sociais e, naturalmente, surgem colaborações com marcas conhecidas do público. Mas com esta nova aposta onde a sustentabilidade é um valor basilar da Obsidian, como vai gerir as relações com as marcas que não partilham o mesmo fundamento?
“É uma pergunta interessante. Eu tenho uma relação enquanto embaixadora de algumas marcas e é muito difícil quando tomas esta posição e assumes estes valores de sustentabilidade e, de repente, ter outra imagem”, começa por dizer.
“Eu tento ao máximo identificar-me com as marcas pelas quais dou a cara, mas nem todas elas se coadunam por estes valores. O meu objetivo como embaixadora é ajudá-los a mudar e chamar a atenção das consumidoras e das empresas”, evidencia antes de citar um exemplo.
“Eu sou a embaixadora da PINKO [marca italiana] e sempre que eles lançam uma cápsula que tem roupa com esta premissa, eu alimento essa comunicação. Valorizo muito mais dar a cara por aquelas peças-chave que foram produzidas com materiais sustentáveis, mas também tenho de dizer que é este o caminho para produzir toda a coleção”, sublinha. Numa era onde as redes sociais e os seguidores são mais atentos, a atriz assume que pesa constantemente na balança uma linha de coerência.
A barriga que cresceu e que as aproximou
Já tinham trabalhado juntas, mas foi o Ídolos e uma novidade que plantou a primeira semente desta amizade. Gabriela Pinheiro, hoje com 28 anos de experiência, foi a escolhida para vestir Cláudia Vieira para o programa de entretenimento da SIC, em 2009.
“Desafiei-a para o Ídolos e logo a seguir soube que estava grávida”, conta a atriz, e agora empresária. “A barriga ia aumentando de gala para gala e a criatividade para o desafio deu-nos uma grande cumplicidade”, aponta. Desde aí sempre a vestiu profissionalmente. “Eu sou um bocadinho mais básica, descontraída e até estou muito ligada ao desporto, mas na minha profissão tem de haver de haver um cuidado maior e um outro apoio”, afirma.