Como proteger o meu dinheiro da inflação?

O caminho será investir? Esclareça as suas dúvidas.

Hands of man wrapped in blanket holding Euro notes
Hands of man wrapped in blanket holding Euro notes

SIC Mulher

No atual contexto económico, marcado por incertezas e mudanças constantes, o tema do investimento torna-se cada vez mais relevante. Com a inflação, o dinheiro cada vez tem menos valor, portanto impõe-se uma questão: investir é uma obrigação ou uma opção? Neste artigo, o ComparaJá explora essa dicotomia. 

O dinheiro está sujeito à inflação 

Num mundo ideal, investir seria uma opção que todos poderiam fazer ou não, dependendo dos seus objetivos de vida e situação financeira. No entanto, a realidade é bem diferente. Com a inflação a corroer o valor do dinheiro ao longo do tempo, o que hoje pode parecer uma quantia significativa amanhã poderá não ter o mesmo valor. Assim, investir torna-se mais do que uma escolha: é uma necessidade para quem deseja preservar e aumentar seu património ao longo dos anos. 

O poder de compra é afetado 

A inflação é muitas vezes subestimada nos seus efeitos a longo prazo. Com o mesmo montante, compraremos menos no futuro do que compramos hoje. Esse fenómeno não é apenas uma teoria económica: é uma realidade que afeta todos. 

Esta foi a evolução da inflação nos últimos 30 anos em Portugal: 

Fonte: BP Stat – Banco de Portugal 

Investir torna-se então uma ferramenta essencial 

Investir, portanto, não é apenas uma questão de multiplicar a riqueza, mas uma forma de lutar contra a erosão do poder de compra causada pela inflação.  

Através dos investimentos, é possível gerar retornos que não apenas compensam a inflação, mas também contribuem para o crescimento do património no longo prazo. 

Um dólar investido em ações em 1802 transformou-se em cerca de 930 mil dólares em 2012. E desde 2012 o índice S&P500, que contém as 500 maiores empresas cotadas dos Estados Unidos, valorizou 239%, pelo que os 930 mil dólares seriam agora 3,2 milhões. 

Para comparação, um dólar investido em obrigações ter-se-ia transformado em 1.505 dólares, e 1 dólar investido em ouro seriam agora 3,21 dólares. Tudo isto em termos reais, ou seja, depois de retirada a inflação. 

O pior investimento de todos é deixar o dinheiro em… dinheiro. Nesse caso, o dinheiro vai perdendo poder de compra – por causa da inflação – e 1 dólar em 1802 vale cerca de 4 cêntimos agora, ou seja, desvalorizou 96%. 

Uma obrigação com fundo estratégico 

Portanto, investir não deve ser visto apenas como uma opção entre muitas, mas como uma estratégia fundamental para garantir um futuro financeiro sólido e proteger-se contra a inflação. 

Ao tomar a decisão de investir, não estamos apenas a escolher uma forma de gerar riqueza: estamos a optar por uma abordagem proativa para preservar o nosso poder de compra e assegurar a nossa qualidade de vida no futuro. Investir, em suma, é uma obrigação que temos para com nosso futuro “eu” e com a nossa segurança financeira. 

Lembre-se: investir é para todos, e o momento de começar é agora.