“Literalmente deixo de ver” – Com patologia que a “limita absurdamente”, Inês Folque pede ajuda

“A única coisa que alivia é um quarto escuro e dormir e os remédios que tomo são tão fortes que fico de ressaca o resto do dia”, desabafou.

“Literalmente deixo de ver” – Com patologia que a “limita absurdamente”, Inês Folque pede ajuda

SIC Mulher

Esta terça-feira, 11 de julho, Inês Folque recorreu aos stories da sua página de Instagram para dar o seu testemunho sobre uma condição de saúde limitativa, acabando por pedir ajuda de modo a conseguir atenuar as crises.

“Tenho já há mais anos dos que gostaria uma condição, patologia, nem sei como chamar, que me limita absurdamente no meu dia a dia, não só enquanto mãe (o que se torna muitas vezes assustador, admito) mas também no lado profissional. Felizmente está bastante menos regular, mas ainda acontece mais do que gostaria”, começou por contar.

O que é enxaqueca com aura?

“Tenho enxaqueca com aura. Basicamente são crises de enxaqueca, mais ou menos esporádicas (tive fases em que chegava a ser 3 por semana, neste momento uma ou duas por mês) com outros sintomas associados que sempre começam com perturbações intensas na visão, fico encadeada e a ver flashes de luzes, turvação das imagens, perceção de pontos luminosos, de figuras geométricas ou de ziguezagues brilhantes. Estes efeitos que precedem a enxaqueca duram muitas vezes mais do que 2 horas, impossibilitando-me de fazer o que quer que seja”, explicou.

“Infelizmente a enxaqueca é uma condição muito silenciosa e mais comum do que as pessoas pensam. Quem tem sabe bem o difícil que é lidar nas situações mais simples do dia a dia, sobretudo quando é acompanhada destes efeitos que nos impossibilitam de fazer qualquer coisa. A única coisa que alivia uma crise de enxaquecas é um quarto escuro e dormir e os remédios que tomo (os conhecidos SOS) são tão fortes que fico de ressaca o resto do dia, lamentou.

“Comecei com os efeitos de falta de visão”

De seguida, a apresentadora partilhou que teve “um desses dias”: “Peguei no Francisco para o levar à praia um bocadinho de manhã e acabada de me instalar comecei com os efeitos de falta de visão. Quando estamos com bebés/crianças (infelizmente já me aconteceu muitas vezes) é muito muito duro, porque literalmente deixo de ver. Nas duas gravidezes as minhas enxaquecas pioraram imenso, no Francisco então no primeiro trimestre foi assustador. Hoje safou-me estar perto de casa dos meus pais e a minha mãe vir trocar comigo para eu poder ir para um quarto escuro até melhorar minimamente e pegar no carro para voltar para casa”.

Foi então que Inês Folque fez um pedido de ajuda aos seus seguidores: “Já tomei medicação de prevenção (muito forte e não aconselhada quando queremos ter filhos, parei dois anos antes de engravidar e não voltei a tomar). As minhas enxaquecas estão totalmente relacionadas com questões hormonais e, apesar de terem um padrão, são completamente inesperadas, podendo acontecer nas situações mais variadas. Posto isto queria perguntar, há por aqui mais pessoas que têm isto? Alguma coisa que resulte com vocês? Já estou mesmo cansada e desejosa de alguma coisa que ajude a minimizar as crises. Alguma dica? Tipo terapias alternativas? Acupuntura? Qualquer sugestão é bem vinda”.

“É mesmo limitativo e no início assustador”

“Não fui muito específica, mas sei que quem tem isto percebe bem o que falo. Para perceberem onde quer que esteja – já me aconteceu estar a guiar, estar gravidíssima do Francisco e com o Tomás doentíssimo sozinha com ele em casa, prestes a entrar como convidada para um direto. Sozinha com os meus filhos – quando começo com a ‘aura’, a falta de visão – tenho mesmo de parar tudo e de preferência (já aconteceu estar com os meus filhos e não poder fazê-lo) deitar-me num quarto escuro. Se adormecer ainda melhor porque acordo já quase impecável“, destacou.

“A aura, que aparece geralmente antes da enxaqueca impossibilita-me de ver e por isso mais do que uma vez me fez falhar compromissos profissionais ou cuidados básicos aos meus filhos. É mesmo limitativo e no início (quando comecei a ter) assustador. Quando ainda estava em casa dos meus pais, várias vezes tiveram de me ir buscar porque não conseguia guiar. Sempre ouvi que as enxaquecas não têm cura infelizmente provavelmente será assim para o resto da minha vida, mas se houver qualquer coisa mínima que seja que possa atenuar as crises agradeço a sugestão”, concluiu.

(Reprodução de Instagram, DR)