Aos 12 anos, Telma já tinha ouvido falar da doença, mas nunca tinha associado ao seu problema. Deixou de almoçar na escola e começou a sentir ansiedade “como se não merecesse comer”. Telma Bicho já esteve internada dez vezes e sente gratidão pela equipa médica que tratou dela, quando a própria já não conseguia.
“Temos um plano alimentar para seguir e o grande desafio é chegares cá fora e conseguires manter isso e dizeres que sim ou desobedecer à doença é uma coisa que exige coragem. (…) Nunca aproveitei a vida. Estava nos sítios e com as pessoas, mas parece que tu não sentes verdadeiramente as coisas”.