O Peixe da Semana - Cavalo-Marinho

Hippocampus guttulatus Cuvier, 1829

Mar Salgado/Bastidores

Os cavalos-marinhos são peixes curiosos, não só pela forma do seu corpo, totalmente coberto por placas dérmicas formando uma couraça que os protege dos inimigos, mas também pelo modo invulgar como nadam, mantendo-se em posição vertical e utilizando a barbatana dorsal como meio de propulsão. Dado que a sua capacidade natatória é bastante limitada, vivem em zonas de águas calmas e abrigadas, como por exemplo estuários, onde existem povoamentos de algas e plantas marinhas, à volta das quais enrolam a cauda, mantendo-se imóveis. Conseguem assim passar despercebidos aos olhos dos potenciais predadores. Um outro aspeto extremamente curioso da sua biologia diz respeito ao processo de reprodução: após uma parada nupcial, a fêmea deposita os ovos numa bolsa ventral que o macho possui. É aí que os ovos vão ser incubados, nascendo os juvenis completamente formados, já muito semelhantes aos adultos.

Nas nossas águas existem apenas duas espécies de cavalos-marinhos. A sua área de distribuição inclui o Atlântico – das Canárias ao Mar do Norte – e o Mediterrâneo.

Os cavalos-marinhos eram frequentemente capturados para serem vendidos como objeto decorativo. Por outro lado são muito vulneráveis à destruição dos biótopos onde vivem, em particular as pradarias de algas e plantas marinhas dos estuários. Desta forma, o número de exemplares tem vindo a decrescer significativamente, ao ponto de serem incluídos no grupo de espécies ameaçadas.